Aspectos fisiológicos, bioquímicos e moleculares do florescimento e frutificação d...
- Auxílios pontuais (curta duração)
Resumo
Os laranjais paulistas apresentam baixa eficiência produtiva e alternância de safra. O manejo agrícola visando à estabilidade da produção depende da melhor compreensão da interação entre os fatores ambientais e os processos fisiológicos que a determinam. A expressão de cada processo, em integração com o ambiente, depende da constituição genética da planta. A laranjeira é composta por órgãos (folhas) que funcionam como fonte de fotoassimilados (fonte) e por vários órgãos (folhas, raízes, ramos, flores, frutos) que, pelo menos em um estádio de desenvolvimento, consomem os carboidratos (drenos) produzidos pela fotossíntese. Qualquer órgão pode acumular reservas quando excesso de produção de fotoassimilados pelas folhas e estas podem ser remobilizadas para outros órgãos, quando a fotossíntese não atender à demanda. A produtividade pode ser avaliada pela relação produção e utilização de carboidratos. Na primavera, após a indução, ocorre intenso florescimento seguido de alta abscisão de flores e de frutos jovens. A fotossíntese e o teor de reservas podem afetar a fertilização, a fixação e o crescimento dos frutos. No verão, as condições climáticas favorecem a produção de fotoassimilados, que mantém o fornecimento de carboidratos para o crescimento da planta e acúmulo de reservas, fornecendo substrato e água para o crescimento dos frutos. Os frutos não acumulam amido nas vesículas de suco e há acúmulo de ácidos orgânicos, Iigando diretamente o ciclo respiratório e a translocação a partir das folhas e o metabolismo de açúcares no próprio fruto. Pouco se sabe sobre o metabolismo de N na laranjeira, apesar dos estudos com a nutrição nitrogenada nas folhas. Nesse projeto têm-se como objetivos analisar as interações fisiológicas, bioquímicas e, moleculares sobre a fotossíntese, o florescimento e a frutificação em laranjeira Valência. Para atingir estes objetivos propõem-se experimentos a serem conduzidos em campo, sob condições naturais, em casa de vegetação e em câmaras de crescimento, com controle de ambiente. Nos experimentos de campo, será observado além do florescimento e frutificação, a variação sazonal e diurna da fotossíntese, das relações hídricas ao mesmo tempo em que serão avaliadas enzimas de metabolismo do carbono e do nitrogênio. Também serão avaliados o desenvolvimento floral e a expressão de genes relacionados às diversas fases fenológicas. Em caso de vegetação, serão avaliados os hormônios e carboidratos envolvidos no processo de florescimento e frutificação, relacionando-os com os estudos da anatomia e da expressão gênica. (AU)