Auxílio à pesquisa 03/07064-2 - Florestas tropicais, Amazônia - BV FAPESP
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Estudo dos impactos socioambientais motivados pelo avanço da fronteira agrícola ao longo da BR-163

Processo: 03/07064-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2003
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2006
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Geografia - Geografia Regional
Pesquisador responsável:Messias Modesto dos Passos
Beneficiário:Messias Modesto dos Passos
Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Presidente Prudente. Presidente Prudente , SP, Brasil
Assunto(s):Florestas tropicais  Amazônia  Impactos ambientais  Uso do solo  Agropecuária  Mato Grosso  Riscos ambientais 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Amazonia Mato Grossense | Br 163 | Fronteira Agricola | Impactos Socioambientais | Ocupacao Do Territorio
Publicação FAPESP:https://media.fapesp.br/bv/uploads/pdfs/Contribuições...climáticas_113_148_148.pdf

Resumo

O processo de colonização, ao longo da história do Brasil, se deu por etapas, obedecendo ao movimento leste-oeste e foi movido pela produção de matéria prima voltada para o mercado internacional. Essa é uma das razões da sua fragilidade. A Amazônia e o Centro-Oeste sofreram grandes impactos da política dos governos militares. A Amazônia, identificada com a borracha, e o Centro-Oeste, com a pecuária extensiva, vão ter suas economias diversificadas. As décadas de 1970 e 1980 foram marcadas pelo recuo rápido das superfícies ocupadas pelas florestas tropicais. Esse fenômeno é particularmente espetacular no Brasil, onde se estima que 551 mil km2 da floresta amazônica foram destruídos para uma mise en valeur agrícola (agropecuária). O caso do Mato Grosso é muito revelador dessa evolução, em razão da extensão das superfícies conquistadas pela agricultura à custa da floresta e, também, em função da diversidade das paisagens preexistentes e das formas atuais de ocupação dos chamados "espaços vazios". A escala têmporo-espacial das dinâmicas territoriais necessita de um acompanhamento permanente e rápido da cartografia dessas regiões; as imagens de satélites atendem a esse objetivo. No Mato Grosso, a colonização agrícola é realizada, notadamente, por grandes empresas privadas do Sul e do Sudeste do país. O centro-norte do estado foi “dividido” nos anos 1970 entre três sociedades (Líder, Sinop e Indeco), que implantaram programas de colonização baseados sobre uma mise en valeur agrícola das terras apoiada numa rede "urbana" e em centros rurais. Cada uma dessas sociedades constituiu-se na motivação maior para a origem dos principais centros urbanos do norte do Mato Grosso, respectivamente Colider, Sinop e Alta Floresta. A primeira etapa da colonização agrícola é a abertura de vias de comunicações terrestres. As pistas, mais ou menos praticáveis na estação das chuvas, se degradam rapidamente, mas permitem a chegada e a instalação dos colonos. Ou seja, a manutenção desses eixos é essencial para o sucesso das explorações (comercialização dos produtos agrícolas). Dois níveis de vias de comunicação podem ser distinguidos no Mato Grosso: 1) uma rede principal de estradas asfaltadas: as BR (estradas federais) 364 e 174 que atravessam o Mato Grosso no sentido leste-oeste, ligando Rondônia ao sul do país; a BR-163 que liga Cuiabá a Santarém e que atravessa o estado no sentido sul-norte; secundariamente se pode mencionar a BR-158 (asfaltada pela metade), que atravessa a parte leste do estado, no sentido norte-sul; 2) uma rede de pistas (estradas estaduais) principais, ligando os principais centros urbanos entre si. Sua manutenção é mais aleatória, mas esses eixos têm um papel importante na sustentação das zonas pioneiras do norte do estado. Na medida em que os desmatamentos se concentram inicialmente na proximidade das estradas e das pistas, se pode considerar que a distância desses eixos constitui um primeiro fator a ser considerado pela modelização. A expectativa/objetivo do nosso estudo é, inicialmente, hierarquizar os fatores explicativos dos fenômenos observados, propondo uma representação simplificada da realidade. Assim, se pode colocar em evidência regiões de risco de serem proximamente submetidas ao desmatamento e calcular, por exemplo, um índice de risco de desflorestação em função dos parâmetros obtidos. Acreditamos que, a partir daí, torna-se possível propor evoluções prováveis da extensão do desmatamento por extrapolação e fornecer dados de entrada aos modelos climáticos à média escala. Assim, nós vamos apreender a parcela territorial, para efeito de investigação mais sistematizada, definida pela faixa da BR-163 - de Cuiabá (MT) a Santarém (PA). (AU)

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