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Um experimento para avaliar o efeito das queimadas sazonais do Brasil Central e região amazônica no aumento das concentrações de monóxido de carbono e do ozônio troposférico no Sudeste do Brasil

Processo: 04/03404-6
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de agosto de 2004 - 31 de julho de 2005
Área do conhecimento:Ciências Exatas e da Terra - Geociências - Geofísica
Pesquisador responsável:Volker Walter Johann Heinrich Kirchhoff
Beneficiário:Volker Walter Johann Heinrich Kirchhoff
Instituição Sede: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Brasil). São José dos Campos , SP, Brasil
Assunto(s):Troposfera  Poluição atmosférica  Incêndios florestais  Emissão de gases  Ozônio  Aerossóis  Monóxido de carbono  Mudança climática 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Aerossois | Balao | Medidas In Situ | Monoxido De Carbono | Ozonio | Trajetorias De Massa De Ar
Publicação FAPESP:https://media.fapesp.br/bv/uploads/pdfs/Contribuições...climáticas_75_106_107.pdf

Resumo

Propõe-se um estudo de avaliação do impacto das emissões das queimadas no Brasil central e Amazônia na composição da atmosfera da região Sudeste do Brasil, em particular, do Vale do Paraíba (SP). Essa proposta prevê a realização de um experimento de química atmosférica nessa região, com medidas ao nível da superfície das concentrações de monóxido de carbono (CO) e ozônio (O3), além de outros gases de longa vida, e lançamento de balões com sondas para medidas de ozônio e de partículas de aerossol. As medidas experimentais serão planejadas e terão resultados analisados em tempo real, com o suporte de resultados de um modelo de transporte de poluentes emitidos por queimadas e por fontes associadas com áreas urbanas industriais. Observações preliminares realizadas na região do Vale do Paraíba mostram uma estrutura de dados complexa, com alta variabilidade nos valores observados das concentrações dos gases-traço. A concentração de CO no Vale do Paraíba é tipicamente da ordem de 300 ppbv, mas em alguns casos valores muito mais altos, acima de 600 ppbv, chegando a atingir 1.600 ppbv, foram observados. Uma análise preliminar de trajetórias retrógradas das parcelas de ar indica a possibilidade de contribuições completamente distintas. Pode haver supremacia de fontes antropogênicas das áreas metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo, ou das emissões de queimadas sazonais no Brasil central e Amazônia. Ainda há que se considerar que a região do Vale do Paraíba é industrialmente importante e desenvolvida, constituindo, portanto, uma fonte local importante de poluentes. É de grande interesse investigar melhor como são constituídas as massas de ar incidentes e o papel relativo de cada uma das contribuições. As medidas de superfície serão realizadas em um contêiner, que é, na verdade, um laboratório transportável de uso do grupo, com o qual outros projetos já foram realizados. Nele centralizaremos as medidas contínuas de O3 e CO2. As medidas de CO (e CH4, que será usado para discriminar a origem da amostra) serão obtidas através de grab samples, que são levadas ao laboratório em canecos de amostragem especiais, onde são analisadas por cromatografia gasosa. Propõe-se complementar as observações ao nível da superfície com medidas de O3 e de material particulado em diferentes níveis verticais, através da utilização de sondas lançadas em balões. Nossa proposta é fazer lançamentos de balões com sondas de ozônio, mas também outro tipo de lançamento utilizando balões maiores, que carregam uma sonda especial para medir a distribuição vertical de partículas de aerossol. O grupo de ozônio do Inpe já realiza essas medidas, sistematicamente, em Natal (RN), e esporadicamente em outros locais do Brasil e da Antártica. Por outro lado, o grupo do Cptec tem realizado monitoramento da qualidade do ar em escala regional através da modelagem numérica. Esse estudo tem evidenciado o papel dos processos de transporte em diferentes escalas, desde a turbulência até a convecção e advecção, na definição da distribuição espacial e vertical de poluentes atmosféricos oriundos de queimadas e de outras fontes antropogênicas. (AU)

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