Auxílio à pesquisa 08/54176-4 - Doenças de plantas, Podridão (doença de planta) - BV FAPESP
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Epidemiologia molecular e manejo da podridão floral dos citros em áreas de expansão da cultura no estado de São Paulo

Processo: 08/54176-4
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Temático
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2008
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2013
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Agronomia - Fitossanidade
Pesquisador responsável:Lilian Amorim
Beneficiário:Lilian Amorim
Instituição Sede: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ). Universidade de São Paulo (USP). Piracicaba , SP, Brasil
Pesquisadores principais:
Marcel Bellato Spósito
Auxílio(s) vinculado(s):13/50116-5 - Improved PFD control in São Paulo and Florida: using weather forecasts to anticipate disease risk in citrus groves, AP.R
Bolsa(s) vinculada(s):13/15846-2 - Identificação de Colletotrichum acutatum e C. gloeosporioides em pomares cítricos e detecção dos fungos em abelhas e no pólen de plantas mantidas em casa-de-vegetação, BP.TT
11/20472-9 - Dispersão de Colletotrichum acutatum e C. gloeosporioides, agentes causais da Podridão Floral dos Citros: seriam insetos agentes de disseminação a longa distância?, BP.PD
11/09227-2 - Levantamento de Colletotrichum acutatum e C. gloeosporioides em pomares cítricos de quatro regiões do Estado de São Paulo, BP.TT
+ mais bolsas vinculadas 10/10977-3 - Contribuição de extratos de diferentes partes da flor no aumento do inóculo de Colletotrichum acutatum de citros., BP.IC
10/10273-6 - Quantificação de Colletotrichum acutatum em pomares cítricos: progresso temporal e distribuição espacial da doença, BP.TT
10/09012-3 - Monociclo, levantamento populacional e redução do inóculo inicial da Podridão Floral Dos Citros, BP.PD
10/09198-0 - Avaliação da sobrevivência de Colletotrichum acutatum em solo, BP.IC
09/17633-0 - Quantificação de Colletotrichum acutatum em pomares cítricos: progresso temporal e distribuição espacial da doença, BP.TT
09/03224-1 - Especificidade patogênica e compatibilidade vegetativa entre isolados de Colletotrichum acutatum dos citros e de outros hospedeiros, BP.MS
09/00425-6 - Podridão floral dos citros: histopatologia de Colletotrichum acutatum, BP.DR
09/09282-3 - Quantificação de Colletotrichum acutatum em pomares cítricos: progresso temporal e distribuição espacial da doença, BP.TT
09/02012-0 - Avaliação da sobrevivência de Colletotrichum acutatum em solo., BP.IC
08/55176-8 - Diversidade genética e estrutura populacional de Colletotrichum acutatum, agente da podridão floral em citros, no Estado de São Paulo, BP.PD - menos bolsas vinculadas
Assunto(s):Doenças de plantas  Podridão (doença de planta)  Citricultura  São Paulo (SP) 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Citros | Colletotrichum | Epidemiologia
Publicação FAPESP:https://media.fapesp.br/bv/uploads/publicacoes/pasta_vet_19.pdf

Resumo

A citricultura paulista está sofrendo clara migração das regiões norte e central do estado, tradicionais regiões de plantio de citros que concentram 75% da produção, para novas áreas ao sudoeste, com o intuito de manter competitivo o agronegócio citrícola (Neves et aI., 2007). Essa migração tem como motivos mais importantes: o menor valor da terra na região sudoeste, em comparação com as áreas citrícolas tradicionais, e o menor custo de produção (Neves & Jank, 2006; Tozatti, 2007). A região sudoeste também apresenta como vantagem uma elevada frequência de chuvas, que dispensa a necessidade de irrigação. Essa nova geografia da citricultura paulista submete a cultura a mudanças macroambientais, que certamente irão se refletir em modificações no seu manejo. O clima dessa região é favorável à ocorrência da podridão floral dos citros (Tozatti, 2007), causada por Collefofrichum a cufafum, doença de baixo impacto nas demais regiões citrícolas do estado (noroeste/norte e centro) por sua ocorrência esporádica, mas de grande importância econômica na região sudoeste, devido à sua frequente ocorrência (Feichtenberger et al., 2005). A podridão floral dos citros, por ocasionar queda de até 100% de frutos jovens, torna seu controle mandatório nos locais em que ocorre com frequência. Esse controle tem sido feito com pulverizações preventivas de fungicidas no momento da florada. A premência de pulverização em grandes áreas e em curto espaço de tempo (somente na florada) acarreta um problema logístico importante, pois as aplicações são feitas ininterruptamente, com tratores pulverizando as áreas dia e noite. Os custos diretos (mão de obra, máquinas e insumos) do tratamento químico para a podridão floral são da ordem de US$ 553,00/ha, levando-se em consideração a necessidade de dois tratores para cada 100 ha (Salvo Filho, 1994). O controle preventivo baseado unicamente no estádio fenológico do hospedeiro muitas vezes acarreta exagero de aplicação de fungicidas, com prejuízos de curto prazo ao produtor e de médio e longo prazo ao ambiente. Além disso, a aplicação sequencial de um mesmo princípio ativo no controle de patógenos pode levar à seleção de indivíduos resistentes, com consequente perda de eficiência do fungicida. Para melhorar o manejo da doença e reduzir os custos de pulverização, é fundamental o conhecimento da epidemiologia da podridão floral, com caracterização clara do patossistema na região sudoeste paulista. No entanto, há pouquíssima informação disponível sobre a doença e, em sua maioria, produzida na América Central e na Flórida, EUA. São desconhecidos, por exemplo, o tempo e a forma de sobrevivência do inoculo entre as floradas, os requisitos ambientais para a infecção e a colonização das flores, a variabilidade do inoculo nos pomares e sua especificidade à cultura dos citros, o padrão e a distância de disseminação do patógeno, os fatores ambientais que afetam o progresso da doença no campo e a distribuição espacial das plantas doentes nas várias fases epidêmicas. Com tantas lacunas no conhecimento, não é surpreendente constatar que sistemas de previsão da doença desenvolvidos na Flórida não foram adotados pelos citricultores paulistas e que o controle da doença permanece na forma de pulverizações preventivas de fungicidas, nem sempre eficientes ou necessárias. Os principais objetivos do presente projeto são: (i) caracterizar a distribuição espacial da doença e seu progresso temporal na região sudoeste paulista; (ii) elucidar os diferentes mecanismos que compõem o ciclo da doença, com ênfase na sobrevivência e variabilidade do inoculo e nos mecanismos de infecção e colonização; (iii) testar alternativas ao controle químico vigente e adaptar/validar sistemas de previsão da doença desenvolvidos no exterior. (AU)

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Publicações científicas (12)
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
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