Auxílio à pesquisa 07/00860-9 - Imunossupressão, Microscopia confocal - BV FAPESP
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Morfologia do miocárdio de Calomys callosus:infeccao crônica por cepas das duas principais linhagens filogenéticas de Trypanosoma cruzi, seguida de imunossupressão

Resumo

Atualmente, a doença de Chagas aguda no Brasil constitui um evento extremamente raro. Segundo relatos das Secretarias de Vigilância em Saúde, a doença está controlada, devido a interrupção da transmissão vetorial pelo Triatoma infestans e do controle da transmissão transfusional, com a introdução de exames sorológicos nos bancos de sangue. No entanto, no Brasil há cerca de 8 milhões de pessoas infectadas com o Trypanosoma cruzi, e sabe-se que, uma pequena proporção destes indivíduos infectados (20 a 30%) poderão vir a desenvolver os sintomas cardíacos e/ou digestivos, que caracterizam a forma crônica da doença. Além disso, pacientes chagásicos crônicos quando imunodeprimidos estão sujeitos à reativação da doença com características de fase aguda da infecção. Há registros na literatura de casos de pacientes chagásicos crônicos com câncer hematológico (leucemias e linfoma), transplantados renais, cardíacos e de medula óssea e indivíduos usando altas doses de corticóides e drogas imunossupressoras que desenvolveram meningoencefalite e/ou miocardite, em consequência da reativação pelo T. cruzi. A mortalidade nestes casos é alta, se o diagnóstico for tardio. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) abriu a possibilidade do aparecimento desta parasitose em indivíduos seriamente imunocomprometidos pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e co-infectados pelo T. cruzi. Hoje em dia, um grande número de pessoas infectadas pelo parasita vivem em grandes cidades, onde os casos de AIDS e outras doenças imunossupressoras são mais comuns, desta forma, a perspectiva de crescimento no número de reativações é crescente, e pouco se sabe ainda acerca do processo de reativação.O T. cruzi exibe um padrão de evolução clonal e sua população natural é composta de clones altamente heterogêneos. Apesar de sua alta variabilidade genética, isolados de T. cruzi podem ser classificados em 2 principais linhagens filogenéticas, em T. cruzi I e T. cruzi II, baseado nos zimodemas e diferentes marcadores genéticos. Pacientes infectados com o T.cruzi I ou II mostram diferentes perfis clínicos apresentando sinais altamente variáveis e sintomas de fase aguda da doença, variando do totalmente assintomático à severa falha cardíaca. Visto que no modelo experimental pode-se acompanhar o desenvolvimento da doença em diferentes fases de evolução e, em muitos casos os resultados se assemelham com a infecção humana, o presente trabalho pretende desenvolver um modelo experimental da doença de Chagas crônica com o intuito de analisar se as lesões teciduais com parasitas de grupos representativos de cada linhagem filogenética do T. cruzi na fase aguda são também observadas em animais cronicamente infectados e imunossuprimidos. Nos propomos a analisar a evolução da infecção, os aspectos morfológicos do miocárdio de Calomys callosus cronicamente infectados pelo T. cruzi da cepa G (T. cruzi I) e da cepa Y (T.cruzi II)e imunossuprimidos em diferentes períodos de infecção. Examinar a distribuição de epitopos reconhecidos pelos anticorpos monoclonais contra as formas amastigotas e tripomastigotas do T. cruzi durante o ciclo de vida intracelular do parasita. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
TANIWAKI, NOEMI NOSOMI; GONCALVES, VIVIANE MARTINELLI; ROMERO, JULIANNA KESSELRING; DA SILVA, CLAUDIO VIEIRA; DA SILVA, SOLANGE; MORTARA, RENATO ARRUDA. Trypanosoma cruzi strains in the Calomys callosus: parasitemia and reaction of intracellular forms with stage-specific antibodies in the acute and chronic phase of infection and after immunosuppression. Parasitology Research, v. 109, n. 2, p. 431-440, . (07/00860-9)

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