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Infecção experimental de carrapatos pela bactéria Rickettsia ricketsii avaliação das transmissões transovariana e transestadial, efeito na infecção nos parâmetros biológicos do carrapato e capacidade de larvas, ninfas e adultos de transmitirem a bactéria para vertebrados

Resumo

O presente projeto é uma continuação de nossa linha de pesquisa em ecologia da febre maculosa (causada pela bactéria Rickettsia rickettsii), que iniciamos há nove anos atrás. Neste período, realizamos pesquisas que confirmaram o carrapato Amblyomma cajennense como vetor de R. rickettsii, e apontaram Amblyomma aureolatum como vetor na região da grande São Paulo. Também obtivemos pela primeira vez na América do Sul, um isolado de R. rickettsii em cultivo in vitro, para ser aplicado em diversos trabalhos epidemiológicos, que geraram inúmeras publicações (vide Resultados de Auxílios Anteriores). Desta forma, comprovamos em infecções experimentais que tanto capivaras como gambás servem como hospedeiros amplificadores de R. rickettsii para carrapatos. Com este novo projeto, estamos buscando responder novas perguntas relacionadas diretamente aos carrapatos vetores. Para isso, faremos infecções experimentais de R. rickettsii em colônias dos carrapatos A. cajennense e A. aureolatum, com objetivos de avaliar as transmissões transovariana e transestadial da bactéria ao longo do desenvolvimento dos carrapatos, avaliar a capacidade de larvas, ninfas e adultos de adquirir, manter e transmitir a bactéria, os efeitos letais da infecção por R. rickettsii sobre as diversas fases do ciclo de vida do carrapato, e a determinação do tempo mínimo de parasitismo para que haja transmissão da bactéria por carrapatos infectados. Para tal, infestações experimentais serão realizadas sempre em cobaias, que são o modelo animal de eleição para R. rickettsii. Grupos de cobaias infestadas com carrapatos infectados e não infectados serão avaliados clinicamente, por sorologia para determinação de anticorpos anti-R. rickettsii, e por PCR em busca de DNA de Rickettsia em órgãos de cobaias que sucumbirem da infecção. Nos carrapatos, a presença de Rickettsia será avaliada por PCR em grupos de ovos, larvas, ninfas e adultos dos grupos de carrapatos infectados e não infectados. Esperamos obter resultados de suma importância para nosso melhor entendimento da epidemiologia da febre maculosa no Brasil, a partir da determinação da importância de A. cajennense e A. aureolatum como hospedeiros e vetores de R. rickettsii. (AU)

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