Estudo dos efeitos da radiação ionizante em cartilagem costal humana por Termogravimetria e Tomografia por Coerência Óptica

• Processo: 08/10437-9
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2009
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2011
• Área do conhecimento: Ciências Biológicas - Morfologia
• Pesquisador responsável: Monica Beatriz Mathor
• Beneficiário: Monica Beatriz Mathor
• Instituição Sede: Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Secretaria de Desenvolvimento Econômico (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Bancos de tecidos Ultraestrutura Termogravimetria
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Bancos de tecidos | cartilagem humana | oct | Radioesterilização | Termogravimetria | Ultraestrutura | Tecido cartilaginoso

Resumo

Bancos de tecidos em todo mundo vêm utilizando a radiação ionizante como método eficaz de esterilização, o que tem diminuído a incidência de transmissão de diversos tipos de doenças (fúngicas, bacterianas e virais). O uso de tecido cartilaginoso em cirurgias reconstrutivas vem se tornando largamente popular, sendo utilizado na reconstrução de nariz, orelha e pênis, em cirurgias oculares e no tratamento de pacientes portadores da Síndrome de Poland. Contudo, o uso de altas doses de radiação podem provocar alterações estruturais nos tecidos esterilizados por essa técnica, promovendo a diminuição das propriedades mecânicas dos mesmos. Estudos anteriores indicam alterações biomecânicas provocadas na cartilagem quando esta é submetida a diferentes doses de radiação gama. Durante esses estudos surgiram novas técnicas de análise, as quais são inéditas para a cartilagem irradiada e poderiam corroborar os achados anteriores. Entre essas técnicas destaca-se o OCT (Optical Coherence Tomography), o qual gera imagens instantâneas em alta definição do material a ser estudado, baseando-se no espalhamento de fótons no material. Essa técnica vêm ganhando destaque e já é utilizada em diversas cirurgias (ocular, cardíaca, entre outras) e como ferramenta de auxílio na exploração precisa de determinadas regiões do corpo. Somando-se a isso, as novas técnicas de OCT, como o PS-OCT, a qual é capaz de produzir imagens, por exemplo, da rede de colágeno in situ, vêm sendo desenvolvidas e aprimoradas nos últimos anos, já com um grande potencial de uso em outras áreas da saúde, como por exemplo na área ortopédica. Dessa forma, esse projeto visa o desenvolvimento da técnica de OCT, juntamente com uma análise térmica da cartilagem por meio de termogravimetria, para análise da taxa de saída de água, complementando os resultados obtidos por OCT, utilizando tecidos que sofreram alteração em sua estrutura pelo tratamento com altas doses de radiação gama. Todo o material biológico a ser utilizado já está disponível para estudo, uma vez que ainda existem amostras remanescentes do estudo anterior, o qual já foi aprovado por todos os Comitês de Ética à qual foi submetido. (AU)

Publicações científicas

(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)

MARTINHO, JR., A. C.; ROSIFINI ALVES-CLARO, A. P.; PINO, E. S.; MACHADO, L. D. B.; HERSON, M. R.; SANTIN, S. P.; MATHOR, M. B.. Effects of ionizing radiation and preservation on biomechanical properties of human costal cartilage. CELL AND TISSUE BANKING, v. 14, n. 1, p. 117-124, MAR 2013. (08/10437-9)

MARTINHO, JR., A. C.; FREITAS, A. Z.; RAELE, M. P.; SANTIN, S. P.; SOARES, F. A. N.; HERSON, M. R.; MATHOR, M. B.. Dependence of optical attenuation coefficient and mechanical tension of irradiated human cartilage measured by optical coherence tomography. CELL AND TISSUE BANKING, v. 15, n. 3, p. 337-343, SEP 2014. (08/10437-9)

MARTINHO JUNIOR, A. C.; FREITAS, A. Z.; RAELE, M. P.; SANTIN, S. P.; SOARES, F. A. N.; HERSON, M. R.; MATHOR, M. B.. Dependence of optical attenuation coefficient and mechanical tension of irradiated human cartilage measured by optical coherence tomography. CELL AND TISSUE BANKING, v. 16, n. 1, p. 47-53, MAR 2015. (08/10437-9)