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Estudo de polimorfismo do gene PTPN22 em mulheres portadoras de endometriose

Processo: 09/09980-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de agosto de 2009 - 31 de julho de 2011
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Caio Parente Barbosa
Beneficiário:Caio Parente Barbosa
Instituição Sede: Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Organização Social de Saúde. Fundação do ABC. Santo André , SP, Brasil
Assunto(s):Autoimunidade  Polimorfismo genético  Ginecologia  Endometriose 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Auto-Imunidade | endometriose | gene PTPN22 | Polimorfismo | Ginecologia

Resumo

A lesão endometrial é uma condição esteróide-dependente na qual tecido histologicamente similar ao endométrio com glândulas e estroma cresce fora da cavidade uterina, implantando-se em tecidos e órgãos como as trompas, ovários, peritônio, cólon e região retro-vaginal podendo causar dor pélvica, dismenorréia e infertilidade. Estima-se que aproximadamente 10-15% das mulheres em período reprodutivo, cerca de 40% das mulheres com dor pélvica e 50% das mulheres com problemas de fertilidade possuam esta doença.Muitas teorias foram propostas para tentar explicar o desenvolvimento das lesões endometrióticas: metaplasia das células epitelias celômicas do peritônio, disseminação de células endometriais pelo sistema linfático, menstruação retrógrada, falhas do sistema imunológico, angiogênese e produção de auto-anticorpos.Corroborando a teoria da menstruação retrógrada, a presença do refluxo menstrual anormal poderia irritar o peritônio que para defender-se secretaria fatores de crescimento e ativação que poderiam facilitar a implantação e o crescimento, e também induzir a metaplasia. Todavia, mais de 90% das mulheres em idade reprodutiva mostram pelo menos alguma menstruação retrógrada e nem todas apresentam endometriose. Dessa forma, fatores não identificados devem estar envolvidos, gerando a susceptibilidade para a lesão.Recentemente, a investigação de grande número de marcadores genéticos relacionados à função imunológica, neuroendócrina e reprodutiva e a investigação de interações gênicas têm revelado associação entre o desenvolvimento de endometriose e polimorfismos genéticos por diversos estudos, embora o fator genético exato que desencadeia a susceptibilidade para o desenvolvimento e progressão da endometriose ainda seja desconhecido.Uma questão importante a ser investigada baseia-se nas alterações do sistema imune das pacientes com endometriose. As teorias imunológicas sugerem que alterações no sistema imune poderiam impedir a capacidade de eliminar o endométrio da cavidade pélvica, uma vez que alterações na imunidade mediada pelas células T podem facilitar a implantação de fragmentos endometriais ou células em localizações ectópicas. Dessa forma, a endometriose tem sido considerada por alguns autores como uma doença auto-imune devido aos achados freqüentemente associados como a presença de auto-anticorpos, doenças auto-imunes associadas, como diabetes tipo 1, hipotireoidismo, lúpus e artrite reumatóide, e também abortos recorrentes. A proteína Lyp (lymphoid-specific tyrosine phosphatase) é uma proteína tirosino-fosfatase, codificada pelo gene PTPN22, que tem a função de inibir a ativação das células T. A descoberta recente de um polimorfismo na posição 1858 do gene PTPN22 (PTPN22 C1858T) foi relacionada ao aumento do risco de desenvolvimento da auto-imunidade. Esse polimorfismo representa uma troca de C por T na posição 1858 o que resulta na substituição de arginina por triptofano na posição 620 da enzima Lyp (Lyp*W620), alterando o efeito inibitório dos receptores das células T (TCR) na transdução de sinais. Esse polimorfismo ocasiona um ganho de função na proteína Lyp que predispõe a auto-imunidade pela supressão da sinalização TCR resultando na sobrevivência de células T autoreativas que deveriam ser deletadas pela seleção negativa em indivíduos homozigotos normais (PTPN22 1858CC).Ammendola et al (2008) estudaram o polimorfismo do gene PTPN22 (PTPN22 C1858T) e encontraram associação entre esse polimorfismo e a endometriose nas mulheres italianas. Da mesma forma, Ptoski et al (2009) estudaram o polimorfismo do gene PTPN22 e não encontraram associação com a endometriose. Dessa forma, o objetivo do presente estudo é determinar a freqüência do polimorfismo do gene PTPN22 (C1858T) em mulheres Brasileiras portadoras de endometriose e no grupo controle com o intuito de associá-lo à etiologia da doença. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
ANDRE, GUSTAVO M.; BARBOSA, CAIO P.; TELES, JULIANA S.; VILARINO, F. ABIA L.; CHRISTOFOLINI, DENISE M.; BIANCO, BIANCA. Analysis of FOXP3 polymorphisms in infertile women with and without endometriosis. Fertility and Sterility, v. 95, n. 7, p. 2223-2227, . (09/09980-2)
BARBOSA, CAIO P.; TELES, JULIANA S.; LERNER, TATIANA G.; PELUSO, CARLA; MAFRA, FERNANDA A.; VILARINO, FABIA L.; CHRISTOFOLINI, DENISE M.; BIANCO, BIANCA. Genetic association study of polymorphisms FOXP3 and FCRL3 in women with endometriosis. Fertility and Sterility, v. 97, n. 5, p. 1124-1128, . (09/09980-2, 10/01104-6, 09/11298-5)

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