Auxílio à pesquisa 10/15409-3 - Nefrologia, Nefrite lúpica - BV FAPESP
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Doença óssea em pacientes com nefrite lúpica: aspectos inflamatórios.

Processo: 10/15409-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2010
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2012
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Vanda Jorgetti
Beneficiário:Vanda Jorgetti
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados: Aline Lázara Resende ; Cristiane Bitencourt Dias ; Luciene Machado dos Reis ; Viktoria Woronik
Assunto(s):Nefrologia  Nefrite lúpica 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:atividade inflamatoria | Doença Óssea | Nefrite Lúpica | Nefrologia

Resumo

O Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença auto-imune que cursa com manifestações clínico-laboratoriais, evolução e prognóstico variáveis. O comprometimento ósseo é frequente em portadores de LES, com prevalências de osteoporose e osteopenia variando entre 4-23% e 25-46%, respectivamente.Os portadores de LES são susceptíveis não só a fatores de risco tradicionais para o comprometimento ósseo (tais como sexo feminino, idade superior a 65 anos, raça branca ou asiática, baixo peso corporal e tabagismo), mas também a alguns fatores associados à doença e/ou seu tratamento: *Redução de atividade física decorrente do comprometimento ósteo-muscular e articular; *Menopausa precoce (relacionada à atividade da doença e/ou uso de imunossupressores como ciclofosfamida); *Uso de glicocorticóides;*Baixos níveis de vitamina D relacionada a diversos fatores, dentre os quais podemos citar: *Perda urinária de metabólitos da vitamina D associada à proteinúria;*Fotossensibilidade e recomendações para fotoproteção;*Aumento do metabolismo ou 25-hidroxilação prejudicada induzida por drogas ou pela doença per si;*Presença de anticorpos anti-vitamina D: previamente detectados em portadores de LES e significativamente associados à anti-DNA;*Atividade inflamatória per si.Atividade Inflamatória e Fisiopatologia do LES/Nefrite LúpicaA fisiopatologia do LES é caracterizada por um desbalanço imunológico que, em geral, favorece a resposta Th1. Um aumento da expressão renal e dos níveis séricos de Interleucina 6 (IL-6) e Fator de Necrose Tumoral alfa (TNF-±) já foi demonstrada em pacientes portadores de LES em atividade. O Monocyte Chemoattractant Protein-1 (MCP-1), por sua vez, é um fator quimiotático para leucócitos envolvido na patogênese da injúria renal relacionada ao LES, sendo considerado um marcador sensível e precoce de atividade renal.Atividade Inflamatória e Doença ÓsseaEstudos com animais e in vitro sugerem que os mediadores pró-inflamatórios (IL-1, IL-6 e TNF-±) possam estimular a reabsorção óssea através de vários mecanismos, tais como: aumento da diferenciação, ativação e sobrevida de osteoclastos, aumento da expressão de RANKL, e redução da sobrevida de osteoblastos. Apesar de algumas controvérsias, acredita-se que esses mecanismos possam contribuir para a perda de massa óssea associada à deficiência de estrogênio e a várias doenças que apresentam componente inflamatório (Artrite Reumatóide, Doenças Inflamatórias Intestinais, Doença Renal Crônica, dentre outras). A ação da osteoprotegerina (OPG) e do sistema RANK (receptor ativador do fator nuclear-kB) - RANKL (receptor ativador do fator nuclear-kB ligante) está associada a efeitos sobre o metabolismo ósseo e sistema imune:*Estímulo para formação, fusão, diferenciação, ativação e sobrevivência dos osteoclastos, responsáveis pela reabsorção óssea;*Aumento da sobrevida e da capacidade imunoestimulatória das células dendríticas, além de modular células T ativadas.Atividade Lúpica e Doença ÓsseaEstudos recentes têm evidenciado que o comprometimento ósseo em pacientes lúpicos apresenta correlação com marcadores inflamatórios e pode ocorrer mesmo na ausência de tratamento com glicocorticóide. No entanto, a maior parte destes estudos utilizou a densitometria e marcadores de remodelação para avaliação da doença óssea. Contudo, a doença óssea classificada de acordo com a dinâmica óssea (Doença de Alto e Baixo Remodelamento) não apresenta correlação bem estabelecida com parâmetros laboratoriais (como osteocalcina, deoxipiridinolina) e/ou densitometria mineral óssea, especialmente em pacientes portadores de doença renal. Deste modo, muitas alterações do metabolismo ósseo somente serão detectadas por estudos de histomorfometria e imunohistoquímica do tecido ósseo. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
RESENDE, ALINE LAZARA; DOS REIS, LUCIENE MACHADO; DIAS, CRISTIANE BITENCOURT; CUSTODIO, MELANI RIBEIRO; JORGETTI, VANDA; WORONIK, VIKTORIA. Bone Disease in Newly Diagnosed Lupus Nephritis Patients. PLoS One, v. 9, n. 9, . (10/15409-3)

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