Fibrose intersticial difusa identificada por ressonância magnética 3.0T e sua correlação com a análise proteômica do miocárdio humano nas cardiopatias isquêmicas

• Processo: 10/15803-3
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Vigência: 01 de janeiro de 2011 - 31 de dezembro de 2012
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
• Pesquisador responsável: Juliano de Lara Fernandes
• Beneficiário: Juliano de Lara Fernandes
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Pesquisadores associados: Anderson Gonçalves ; Kleber Gomes Franchini ; Otávio Rizzi Coelho
• Assunto(s): Ressonância magnética Doença da artéria coronariana Proteômica Cardiologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: doença arterial coronária | proteômica | Ressonância Magnética | Cardiologia

Resumo

A ressonância magnética cardiovascular (RMC) é uma modalidade de imagem amplamente utilizada clinica e cientificamente para a investigação de diversos aspectos da doença arterial coronária. A técnica de realce tardio que possibilita a identificação de áreas cicatriciais isquêmicas ou não vem sendo aplicada para determinação tanto diagnóstica como prognóstica em diversos tipos de cardiomiopatias. Porém, a técnica é de certa forma limitada para identificação de cicatrizes localizadas, podendo não identificar mudanças teciduais que ocorrem no miocárdio de forma mais difusa.Recentemente técnicas baseadas no mapeamento do valor de T1 mostraram-se capazes de identificar alterações globais do miocárdio mesmo em pacientes onde o realce tardio foi negativo. A aplicação desta técnica ainda é bastante nova e foi explorada de maneira ainda mais restrita nas cardiomiopatias isquêmicas. Mais ainda, os estudos anteriores utilizaram equipamentos de 1.5T onde os níveis de sinal-ruído podem não ser capazes de distinguir de maneira clara alterações ventriculares de tecidos patológicos versus normais.Desta forma, neste trabalho propomos o estudo do mapeamento do T1 miocárdico por RMC 3.0T em pacientes com infartos prévios e cardiomiopatias isquêmicas que serão submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio, correlacionando estes achados com vias metabólicas, de sinalização celular de lesão e proteção miocárdica envolvidas no processo de fibrose intersticial miocárdica por técnicas de proteômica de larga escala. O desenho do estudo visa fornecer dados que permitirão correlacionar diversas variáveis únicas obtidas pela ressonância (porcentagem de infarto, zona cinza, valores de T1 do miocárdio remoto e peri-infarto) com a análise tecidual oriunda de biópsia miocárdica dirigida obtida durante o ato cirúrgico. O estudo também permitirá a comparação dos valores de T1 miocárdico aparentemente normal nos pacientes com cardiomiopatia isquêmica com valores de indivíduos saudáveis, sem doença cardiovascular. Todos estes dados serão obtidos em equipamento específico de 3.0T, fornecendo dados ainda não relatados na literatura destes valores realizados em aparelhos de super alto campo. (AU)