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Saúde sócio-ambiental e bem estar em assentamentos rurais paulistas: uma análise da situação de vulnerabilidade de famílias assentadas

Resumo

A presente proposta visa compor um quadro profundo e abrangente da situação de vulnerabilidade das famílias dos assentamentos Monte Alegre e Guarany, localizados na região administrativa de Ribeirão Preto, SP, dando continuidade ao esforço de pesquisa realizado com o projeto "Condições de vida e qualidade do saneamento ambiental em assentamentos a reforma agrária paulista" (Processo FAPESP 01/12451-0), desenvolvido, entre 2002 e 2005, como projeto de pós-doutorado, junto ao Departamento de Medicina Social, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, que teve como objetivo central investigar a estreita relação entre fatores sócio-demográficos, econômicos, condições de habitação e fatores sanitário-ambientais de interferência na saúde socioambiental local. Os resultados apresentam uma descrição detalhada e um mapeamento dos problemas a partir das percepções e representações dos assentados, desenvolvendo um processo interativo entre a existência/inexistência de problemas/agravos, por meio do vivido e do concebido e reforçam as conhecidas desigualdades e privações sofridas pela população rural. Diante dessa complexa realidade de assentado, caracterizada pela migração e pelas múltiplas faces de exclusão, risco, falta de acesso a informação, este projeto tem por objetivo central aprofundar o estudo da situação de vulnerabilidade dessas famílias assentadas, por meio do estudo de novas variáveis que se apresentaram como aspectos da maior relevância para a compreensão e promoção da saúde e sustentabilidade dos assentamentos, que, no entanto, não esgotam as possibilidades de novos estudos, visto o tema se apresentar como inesgotável. São elas: 1) percepção/representação social dos impactos socioambientais da cultura da cana-de-açúcar; 2) apresentação de um diagnóstico da infraestrutura de serviços de saúde à disposição das famílias e de um indicador epidemiológico, para os assentamentos estudados, visando realizar uma análise situacional da saúde nessas áreas; 3) estudo do envelhecimento e do idoso assentado; 4) água e usos domésticos e suas relações sanitário-ambientais, sócio-demográficas e culturais de interferência na saúde e 5) análise situacional de saúde e bem estar das famílias nos lotes que se encontram em transição para a agricultura orgânica. Os resultados, analisados em sua complexidade são um instrumento da maior valia para a construção da cidadania e promoção da saúde desse grupo social. (AU)

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