Captura, permanência e escape de ressonâncias do Sistema Solar
Processos dinâmicos lentos nos cinturões de pequenos corpos do sistema solar
Processo: | 06/50005-5 |
Modalidade de apoio: | Auxílio à Pesquisa - Jovens Pesquisadores |
Vigência: | 01 de agosto de 2006 - 31 de julho de 2011 |
Área do conhecimento: | Ciências Exatas e da Terra - Astronomia - Astronomia de Posição e Mecânica Celeste |
Pesquisador responsável: | Valerio Carruba |
Beneficiário: | Valerio Carruba |
Instituição Sede: | Faculdade de Engenharia (FEG). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Guaratinguetá. Guaratinguetá , SP, Brasil |
Bolsa(s) vinculada(s): | 06/56461-2 - Dynamics and origin of asteroid families., BP.JP |
Assunto(s): | Mecânica celeste Asteroides |
Palavra(s)-Chave do Pesquisador: | Asteroid Families | Celestial Mechanics | Chaos | Dynamics |
Publicação FAPESP: | https://media.fapesp.br/bv/uploads/pdfs/Investindo...pesquisadores_208_169_169.pdf |
Resumo
Entre os maiores objetos no cinturão principal, o asteroide 4 Vesta é único por apresentar uma crosta basáltica. Ele é também o maior membro da família Vesta, que se originou supostamente de um grande evento de craterismo há cerca de I Gyr (Marzari et al. 1996). A maioria dos membros da família Vesta para a qual existe disponível uma classificação espectral mostra um espectro de tipo V. Por conta de seu espectro infravermelho característico, os asteroides tipo V são facilmente distinguíveis. Antes da descoberta de 1459 Magnya (Lazzaro et al. 2000) e de vários NEA tipo V (Xu 1995), todos os asteroides tipo V conhecidos eram membros da família Vesta. Recentemente, dois asteroides tipo V, 809 Lundia e 956 Elisa (Florczak et al. 2002), foram descobertos bem fora dos limites da família, perto da família Flora. Conhece- se atualmente 22 asteroides tipo V fora da família, no cinturão de asteroides interior (ver Tabela 2 em Carruba et al. 2005). Em Carruba et al. 2005, investigou-se a possibilidade de que esses objetos sejam membros da família anterior que migraram para suas posições correntes via a interação de efeito Yarkovsky e ressonâncias seculares não-lineares. Num segundo artigo, registrou-se o papel que outros mecanismos de mobilidade dinâmica, tais como encontros próximos com asteroides massivos, pode ter desempenhado na distribuição orbital corrente de parte dos 20 outros asteroides tipo V restantes. Nesse trabalho, desenvolveu-se: a) um novo integrador que explica tanto o efeito Yarkovsky como encontros próximos com 4 Vesta; b) um novo método, baseado na Função de Difusão de Probabilidade (pdf) de Bachelier 1900 para extrapolar os resultados de nossas simulações numéricas; e c) o estudo do papel que ressonâncias seculares nãolineares envolvendo frequências marcianas podem ter desempenhado na difusão de membros anteriores da família Vesta. Esses resultados sugerem que pelo menos seis dos asteroides tipo V fora da família Vesta (2442 Corbett, 2640 Hallstrom, 2795 Lepage, 4188 Kitezh, 4434 Nikulin, e 4977 Lewis) podem ser explicados no quadro de encontros próximos com o corpo da família original. Esse trabalho sobre encontros próximos de membros da família com 4 Vesta respondeu algumas perguntas, mas várias outras ficaram sem resposta. Entre elas, a mais importante é compreender como a pdf varia em função da localização no espaço apropriado do elemento dos asteroides espalhados, e como esse novo método pode ser aplicado a outras famílias de asteroides perturbadas por asteroides massivos. Outra questão interessante que esse trabalho deixou sem resposta é a relevância do efeito YORP quando a difusão de asteroides é considerada. Nosso segundo artigo mostrou que uma dinâmica interessante pode ser produzida quando o efeito Yarkovsky é considerado em combinação com ressonâncias seculares não-lineares, mesmo fracas, como as ressonâncias seculares marcianas s - s4 + g6 - g5 e s - s4 + g6 - g7. Um problema deixado para investigação é o de compreender o que acontece quando se considera o efeito YORP (o torque que modifica a velocidade de rotação e a orientação do eixo de rotação dos asteroides, em razão da re-emissão térmica dos objetos de forma irregular). Por último, como uma parte complementar do projeto, gostaríamos de investigar alguns detalhes da dinâmica de alguns satélites irregulares de planetas jupterianos, com uma ênfase nas órbitas caóticas de dois satélites jupterianos, Pasife e Sinope. (AU)
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