Auxílio à pesquisa 11/51150-7 - Ranicultura, Aquicultura - BV FAPESP
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Produção em escala das linhagens monossexo (PIGalbina e albina)

Processo: 11/51150-7
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - PAPPE / PIPE III
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia de Alimentos
Acordo de Cooperação: FINEP - PAPPE-PIPE III
Pesquisador responsável:Samuel Lopes Lima
Beneficiário:Samuel Lopes Lima
Empresa:Ranaville Agroindústria Ltda. - ME
Município: São Roque
Vinculado ao auxílio:05/51105-0 - Inovações no processo de criação e industrialização de produtos da linhagem monosexo de rã-touro (normal e albina), AP.PIPE
Assunto(s):Ranicultura  Aquicultura    Rã-touro  Linhagens animais  Criação em cativeiro 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Aquicultura | Criacao De Rans | Ra Touro | Ra Touro Albina | Ranicultura

Resumo

O principal resultado do projeto "Inovações no Processo de Criação e Industrialização dos produtos da Linhagem Monossexo (normal e albina) de Rã-Touro" constituiu-se da comprovação da viabilidade técnica da produção de uma variedade de rãs com inserção de uma característica genética diferenciada (albina) que permitirá a identificação da sua origem (de cativeiro), além de gerar uma matéria prima para a industrialização de novos produtos derivados devido a cor e textura atrativas de sua carne. O produto gerado é uma variedade denominada PIGalbina, que possui desempenho zootécnico similar às rãs normais (pigmentadas) e sua carne pode ser facilmente identificada pelo consumidor. A maioria dos concorrentes do Brasil ainda oferece animais oriundos do extrativismo (caça), enquanto nosso produto terá um selo natural de identificação de sua origem (de cativeiro), com características bem fáceis de distingui-los daquele originados da natureza (extrativismo). Operando desde 2005 com exportação de rãs vivas, a empresa se prepara para comercializar produtos de valor agregado. Acaba de implantar seu abatedouro, com um Laboratório de Desenvolvimento de Produtos, em anexo, e recentemente seus diretores se associaram a investidores para implantar uma fábrica de conservas, em terreno ao lado do abatedouro. Mudou seu contrato social de Ranicultura Ranaville para Ranaville Agroindústrias Ltda. Assim terá condições, em breve, de exportar um mix de produtos diferenciados no mercado, habilitado a exportá-Ios através do SIF Serviço de Inspeção Federal, com produto "ecologicamente correto". A fábrica de conservas adotará a tecnologia "sous vide" e deverá fabricar os produtos estudados na fase II deste projeto, quando foram desenvolvidos vários protótipos de produtos a base da carne de rã: a coxa de rã (com e sem molho), a fraldinha (músculo abdominal), a costelinha, a rã desossada e diversos produtos derivados a partir deste último (polpetone, caldos, etc.). No entanto, o produto rã desossada pode ser considerado o produto chefe, pois tem o potencial para atender diversos tipos de mercados e consumidores pela multiplicidade de suas aplicações culinária. Além da carne de rã, produtos elaborados à base de camarão e peixe, denominados PPS (Pescado Pronto para Servir) serão ali fabricados. Esta iniciativa deverá dar sustentabilidade a toda a cadeia produtiva da aquicultura da região, especialmente a ranicultura e piscicultura. Falta estruturar toda a cadeia de produção (principalmente a criação), para gerar um volume suficiente para atender a demanda do mercado. O Brasil chegou a ser um dos maiores exportadores de rã-viva, na década de 90, mas perdeu competitividade frente à valorização de nossa moeda. A agregação de valor de nossos produtos é o caminho para recuperar nossa competitividade no mercado internacional. A meta deste projeto é aumentar, em curto prazo, o volume de produção de rãs, em parcerias com produtores da região. Com as inovações introduzidas na fase anterior deste projeto, em um ano foi possível triplicar a produção de rãs para abate. Espera-se que, dentro de 2 anos sejam produzidos cerca de um milhão de animais, atingindo a capacidade operacional da indústria de abate da empresa. Para atingir este volume de produção o seu criatório terá que ampliar sua capacidade de fornecimento de imagos (rãzinhas), aos produtores integrados realizarem a recria (fase de terminação ou engorda das rãs). Os desafios que se apresentam se inicia no desenvolvimento de uma nova tecnologia de cultivo de organismos aquáticos, denominada Bioflocos, que tem revolucionado a criação de tilápia e camarão nos principais países produtores, inclusive o Brasil. Adequar tal tecnologia para criação de girinos demandará de um sistema eficiente de controle das condições bióticas (microrganismos heterotróficos) e abióticas (temperatura e balanço Carbono/Nitrogênio). Exigirá a implantação de um eficiente programa de Gestão Informatizada (PGI), para coletar e analisar os dados referentes ao desempenho dos animais em duas modalidade de baias de criação (baia alagada/anfigranja) e duas soluções construtivas distintas (galpão e estufa agrícola); da identificação dos níveis de temperatura e de incidência luminosa os animais apresentam melhor desempenho. Diante dos resultados das pesquisas os futuros criatórios deverão oferecer as condições ideais de ambiência, favorecendo maior produtividade e a produção em escala das linhagens em questão. Também se apresenta o desafio de dar continuidade ao trabalho de controle das proles com a inserção de uma nova carga de material genético no plantel de reprodutores, com a importação de gametas e ou desovas, cujo aprimoramento dependerá de um programa de melhoramento a ser executado a logo prazo pela empresa. Cabe também ressaltar o impacto social que o projeto pode promover na área rural, com a oportunidade do pequeno produtor participar da iniciativa, que exige investimento relativamente baixo, se comparada com as criações tradicionais (bovino, avicultura, suinocultura, etc.). (AU)

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