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Condicionamento hepático com anestésicos inalatórios no transplante de fígado: estudo prospectivo casualizado

Processo: 11/10375-6
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de novembro de 2011 - 31 de outubro de 2013
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
Pesquisador responsável:Luiz Augusto Carneiro D'Albuquerque
Beneficiário:Luiz Augusto Carneiro D'Albuquerque
Instituição Sede: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Estela Regina Ramos Figueira ; Joel Avancini Rocha Filho ; José Otávio Costa Auler Junior ; Maria José Carvalho Carmona ; Vincenzo Pugliese
Assunto(s):Transplante de fígado  Anestésicos  Sevoflurano  Aspartato aminotransferases 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Anestesia | Isquemia e Reperfusão | pós-condicionamento | Pré-condicionamento | Sevoflurano | transplante de fígado | Transplante de fígado

Resumo

A escassez de órgãos para o transplante de fígado provenientes de doadores falecidos tem impulsionado estratégias que possibilitem um aumento do número de órgãos viáveis para o transplante. Uma das estratégias para minimizar o déficit de órgãos é o uso de doadores com critérios de viabilidade do órgão estendidos. O condicionamento farmacológico do órgão é um método proposto proteger o fígado isquêmico durante o transplante que tem como vantagem potencial aumentar a utilização segura de enxertos não ideais. Os agentes anestésicos voláteis, como o isofluorano ou o sevofluorano, têm se demonstrado benéficos na atenuação da disfunção cardíaca e na redução das lesões microestruturais consequentes à isquemia do miócito. Já foi demonstrado em ratos que a utilização de agentes anestésicos voláteis (isoflurano ou sevoflurano) antes da indução da isquemia hepática protege o fígado da lesão de isquemia e reperfusão. Foi demonstrado o efeito protetor do pré-condicionamento com anestésicos voláteis em cirurgia hepática em estudo clínico prospectivo. A anestesia com sevoflurano reduziu os níveis de aumento de transaminases séricas. As complicações pós-operatórias também foram menores nesse grupo. Até o momento não existem estudos que demonstram a influência da técnica anestésica sobre a evolução dos pacientes após o transplante de fígado. Tanto a anestesia baseada em agentes inalatórios quanto a anestesia venosa com propofol são utilizados rotineiramente por centros transplantadores sendo a escolha de uma sobre a outra prerrogativa de cada serviço. Atualmente não há dados na literatura sobre o impacto do uso de anestésicos voláteis na evolução da lesão de isquemia/reperfusão no transplante de fígado, porém dados e a experiência clínica sobre o emprego do sevofluorano atenuando a lesão de isquemia/reperfusão em cirurgia cardíaca e hepática corroboram a hipótese de um efeito benéfico deste agente no transplante hepático. O objetivo primário do estudo é comparar o pico da aspartato aminotransferase no pós-operatório de pacientes submetidos ao transplante de fígado anestesiados com sevoflurano versus os anestesiados com propofol. Os objetivos secundários são comparar no perioperatório as complicações, função do enxerto, coagulação, inflamação e os tempos de permanência em unidade de terapia intensiva e hospitalar. Métodos: Estudo multicêntrico internacional prospectivo, da Universidade de Zurich e da Universidade de São Paulo. O cálculo amostral do estudo é de 106 pacientes. Os pacientes da lista de transplante de fígado do Hospital das Clínicas da FMUSP serão aleatorizado no momento do transplante em dois grupos: grupo 1 - anestesia com propofol e grupo 2 - anestesia com sevofluorano. Serão analisados no intra e pós-operatório até 7 dias: enzimas hepáticas (transaminases hepáticas e fosfatase alcalina), fatores coagulantes (INR, fator V, plaquetas), fator vWF, Ang-1, Ang-2, fatores anticoagulantes (Proteína C e S, antithrombina), tromboelastografia, mediadores inflamatórios (TNF-’, IL-6, IL-8, MCP-1) e fatores de complemento (MBL, Bb, C4, C3, C5b-9), creatinina. Serão realizadas 2 biopsias hepáticas, uma antes da implantação e outra após a reperfusão do órgão. Serão avaliados complicacões operatórias, tempo de permanência na UTI e de permanência hospitalar. (AU)

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