Resposta de Trypanosoma cruzi ao meio ambiente: matriz extracelular e mudanças de pH
- Auxílios pontuais (curta duração)
Processo: | 12/50188-3 |
Linha de fomento: | Auxílio à Pesquisa - Regular |
Vigência: | 01 de junho de 2012 - 30 de novembro de 2014 |
Área do conhecimento: | Ciências Biológicas - Bioquímica |
Pesquisador responsável: | Maria Julia Manso Alves |
Beneficiário: | Maria Julia Manso Alves |
Instituição-sede: | Instituto de Química (IQ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil |
Assunto(s): | Matriz extracelular Óxido nítrico Fosforilação Trypanosoma cruzi |
Resumo
As vias de sinalização nos tripanosomatídios foram pouco exploradas na literatura até o momento, afirmativa essa que deve ser alterada rapidamente, impulsionada pelo sequenciamento do genoma e por análises de proteoma desses parasitas. Foram apontadas importantes diferenças nas vias de sinalização entre o parasita e o hospedeiro vertebrado e nem sempre os inibidores típicos de uma via em mamíferos têm ação sobre o parasita. Nos estudos de interação célula hospedeira- T. cruzi, a grande maioria deles ficou concentrada nas vias de sinalização desencadeadas na célula hospedeira. Várias moléculas de superfície do T. cruzi descritas em diferentes laboratórios, incluindo o nosso, foram relacionadas com o processo de invasão e é bem conhecida a ligação do parasita a diferentes moléculas da matriz extracelular (ECM). Em particular, nosso laboratório tem estudado uma família de moléculas de superfície do parasita (Tc-85) envolvidas em adesão a células de mamífero, tendo identificado uma seqüência de aminoácidos que se liga a laminina e uma outra a citoqueratina 18. Entretanto, a sinalização desencadeada no parasita nessa etapa é muito pouco conhecida. Em projeto anterior, iniciamos a caracterização do fosfoproteoma de tripomastigotas na adesão a laminina e fibronectina. Nessa proposta, será completado o perfil de proteínas modificadas por fosforilação/desfosforilação e iniciado o perfil de modificações por S-nitrosilação e nitração em proteínas de tripomastigotas após a adesão a ECM. Em particular, essas duas últimas modificações serão exploradas, uma vez que têm sido associadas a sinalização, resultados preliminares do projeto anterior apontam para essas modificações e não há na literatura dados associando essas modificações com a adesão em tripanosomatídios. Também pretende-se analisar as modificações pós-traducionais sofridas pela tubulina durante a etapa de adesão. E por fim, propõe-se analisar a liberação de moléculas já conhecidas como participantes no controle de vias de sinalização (como cGMP, cálcio e óxido nítrico) durante a adesão a matriz extracelular da célula hospedeira. (AU)