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A difusão do pensamento kleiniano no Brasil

Processo: 12/14228-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2012
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2013
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Tratamento e Prevenção Psicológica
Pesquisador responsável:Jorge Luís Ferreira Abrão
Beneficiário:Jorge Luís Ferreira Abrão
Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL-ASSIS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Assis. Assis , SP, Brasil
Assunto(s):História da psicanálise  Psicanálise  Psicanalistas  Crianças  Brasil  Publicações de divulgação científica  Produção científica  Livros 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Brasil | criança | Melanie Klein | Psicanálise | Psicanálise

Resumo

Partindo de evidências oriundas de pesquisas anteriores e de levantamentos bibliográficos, é possível afirmar que os fundamentos teóricos e técnicos formulados por Melanie Klein exerceram grande influência sobre a psicanálise brasileira durante a segunda metade do século XX. Com base nesta premissa, a presente pesquisa surge com o objetivo de investigar os principais acontecimentos que caracterizaram a difusão do pensamento kleiniano nas Sociedades de Psicanálise do país, desde sua fundação até a atualidade. Trata-se de um estudo qualitativo relativo à memória histórica das ideias no Brasil, realizado dentro do enfoque metodológico da história oral, mediante a realização de entrevistas com treze psicanalistas que participaram da difusão das idéias kleinianas. As primeiras influências foram trazidas, durante a década de 1950, por pioneiros que fizeram formação na Sociedade Britânica de Psicanálise ou na Associação Psicanalítica Argentina. São eles: no Rio de Janeiro, Décio de Souza e Manoel Lyra, em São Paulo, Virgínia Bicudo, Lygia Amaral e Frank Philips e, em Porto Alegre, Mário Martins e Zaira Martins. As áreas em que Melanie Klein e seus seguidores foram pioneiros: psicanálise de crianças e análise de psicóticos, constituíram-se nos primeiros focos de utilização do referencial kleiniano, posteriormente expandido para diferentes esferas da psicanálise brasileira. Entre as décadas de 1950 a 1970, evidenciamos uma apreensão dogmática das ideias kleinianas, refletidas em um setting demasiadamente rígido, no emprego de uma terminologia de objetos arcaicos e na ênfase em interpretações de conteúdos agressivos. A partir de 1980, com o advento de novas traduções da obra de Melanie Klein e com a introdução do pensamento kleiniano contemporâneo, trazida por uma nova geração de analistas formados na Inglaterra e pela maior participação de psicanalistas do Grupo Kleiniano no Brasil, identificamos uma utilização mais equilibrada da teoria e da técnica kleiniana, com a emergência de inovações circunscritas ao campo da técnica psicanalítica, tais como a adoção de um setting mais flexível e uma maior consideração dos fatores ambientais no processo psicanalítico. (AU)

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