Auxílio à pesquisa 12/22989-1 - Cardiologia, Biologia molecular - BV FAPESP
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Efeitos da rosuvastatina sobre os mediadores da resposta inflamatória aguda IL-1, IL-6, IL-8, TNF-±, TGF-², MCP-1/CCL-2, PAI-1, proteína C reativa e óxido nítrico após implante coronariano de stent não-farmacológico

Processo: 12/22989-1
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2013
Data de Término da vigência: 31 de março de 2015
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:Alexandre Antônio Cunha Abizaid
Beneficiário:Alexandre Antônio Cunha Abizaid
Instituição Sede: Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC). Fundação Adib Jatene (FAJ). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados: Juliano Rasquin Slhessarenko ; Mario Hiroyuki Hirata ; Paula Helena Ortiz Lima
Assunto(s):Cardiologia  Biologia molecular  Mediadores da inflamação  Resposta inflamatória  Rosuvastatina  Doença da artéria coronariana  Contenedores  Interleucinas  Proteína C-reativa 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:expressão gênica | inflamação aguda | interleucinas | rosuvastatina | stent | Cardiologia Intervencionista e Biologia Molecular

Resumo

A reestenose tem limitado a eficácia a longo prazo e o sucesso da angioplastia percutânea com emprego de microproteses (stents) coronarianas em lesões ateroscleróticas. Estudos preliminares demonstraram que após injúria inicial com catéter balão ou com stents coronarianos, há desnudação endotelial, dissecção, deposição plaquetária e atração de leucócitos como resposta imediata, levando a longo prazo à reestenose. Uma predominância histológica de resposta fibrocelular nos sítios de angioplastia prévia com reestenose também foi demonstrada. Três fases são descritas no processo de reestenose: uma inflamatória, uma de proliferação celular e granulação e uma de remodelamento, envolvendo a síntese de matriz extracelular. A disfunção endotelial pode persistir por três meses após a injúria vascular, sendo mais pronunciada após implante de stent não-farmacológico. Após angioplastia, ocorre recrutamento de leucócitos e infiltração na parede do vaso, iniciando-se o processo inflamatório, que pode levar à proliferação de células musculares lisas e consequentemente hiperplasia intimal. Potencialmente, esta injúria local no vaso após implante de stent pode promover a expressão genética e liberação de mediadores inflamatórios, interleucinas, proteínas de fase aguda e fatores de coagulação, deposição de plaquetas e formação de trombos. Estes processos podem estar diretamente relacionados ao prognóstico da doença cardiovascular, porém são escassos estudos que caracterizem a resposta inflamatória aguda pós-implante de stent não-farmacológico, bem como correlacionem a análise genética e a liberação destes mediadores à angioplastia e à ocorrência de reestenose. Neste sentido, o uso de stents eluídos com fármacos anti-inflamatórios e vasodilatadores retarda e/ou diminui a inflamação e a hiperplasia intimal, possuindo propriedades anti-proliferativas. No entanto, no Brasil, devido aos custos, o emprego de stent não-farmacológico é rotineiro em detrimento ao uso de stents farmacológicos, tornando-se fundamental investigar a reação inflamatória coronariana pós-implante destes stents. Portanto, a detecção dos níveis de mediadores inflamatórios bem como o entendimento dos mecanismos citogenéticos envolvidos pré e imediatamente após o implante de stent coronariano e o uso de fármacos com propriedades farmacológicas anti-inflamatórias, como a Rosuvastatina oral pré-procedimento, poderiam auxiliar na predição de eventos adveros, como reestenose e trombose e melhorar o prognóstico do paciente. Não dispomos na literatura de estudos analizando os efeitos da rosuvastatina na fase aguda após implante de stent coronariano. Neste estudo, pretende-se avaliar os efeitos da Rosuvastatina sobre a resposta inflamatória aguda após implante de stent coronariano não-farmacologico, por meio da análise genética e dosagem de citocinas, proteína C reativa (PCR) e óxido nítrico (NO), bem como correlacionar esta resposta à ocorrência de eventos em nove meses pós-procedimento. Pacientes submetidos à angioplastia serão alocados em dois grupos: ao grupo 1 (n=55), será administrada a dose de 40 mg de Rosuvastatina e, ao grupo 2 (controle, n=55), placebo, ambos por via oral 3 horas pré-angioplastia. Será colhida amostra sanguínea com anticoagulante da aorta e do seio coronariano pré-implante de stent e 15 minutos após o implante. As amostras de sangue da aorta serão submetidas a hemograma completo, dosagem de proteína C reativa e análise da expressão dos genes IL-1, IL-6, IL-8, MCP-1 e TNF-± por laboratório de referência. Será aliquotado plasma a partir de amostras de sangue da aorta e seio coronariano de cada paciente (4 amostras), que serão submetidas a dosagem de óxido nítrico com reagentes de Griess e armazenado a -20°C para dosagem de citocinas e mediadores (IL-1, IL-6, IL-8, PAI-1, MCP-1, TNF-±) por ELISA. A participação dos pacientes no estudo será mediante aplicação de termo de consentimento livre e esclarecido. Os pacientes serão acompanhados clinicamente por 9 meses. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
SLHESSARENKO, JULIANO R.; HIRATA, MARIO; SOUSA, AMANDA; BASTOS, GISELE M.; HIGA, ELISA M. S.; MOURO, MARGARETH G.; SOBRERA, GUILHERME C.; SLHESSARENKO, RENATA D.; VIANA, RENATA; ABIZAID, ALEXANDRE; et al. Effect of Preloading With High Dose of Rosuvastatin on Serum Levels of Inflammatory Markers After Percutaneous Coronary Intervention. JOURNAL OF INVASIVE CARDIOLOGY, v. 32, n. 9, p. 335+, . (12/22989-1)