Auxílio à pesquisa 14/05592-6 - Segundo reinado (1840-1889), Estratégia política - BV FAPESP
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Ordem, civilização e território no Brasil do XIX, o projeto da colonização militar nos anos 1850 e seus desdobramentos até 1889

Processo: 14/05592-6
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Área do conhecimento:Ciências Humanas - História - História do Brasil
Pesquisador responsável:Maria Luiza Ferreira de Oliveira
Beneficiário:Maria Luiza Ferreira de Oliveira
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Assunto(s):Segundo reinado (1840-1889)  Estratégia política  Militares  Conflito social  Revoltas  Fronteiras 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:colônias militares | Estado | fronteiras | indios | revoltas populares | território | Brasil Império

Resumo

Nesta pesquisa pretendemos estudar o estabelecimento de colônias militares entre 1850 e 1889 em diversas partes do território brasileiro. A ideia fazia parte do esforço do governo de integrar o território para garantir o fluxo de pessoas e de mercadorias em regiões pouco conectadas ao mercado, com poucos caminhos seguros, pela existência de populações indígenas "agressivas", por conflitos com a população livre e pobre, quilombos. Eram regiões de fronteira, tanto interna quanto externa. No contexto do final da praieira e do difícil controle das matas entre Pernambuco e Alagoas, o ex-presidente de Pernambuco e ministro Honório Hermeto Carneiro Leão sugere que a fundação de colônias militares seja transformada em lei (tinham fundado a primeira isoladamente no Pará, no Araguaia) e aplicada a regiões de conflito. Foi uma estratégia adequada para a política da paz dos partidos, e teria adesão ampla na década de 1850. Durante a Guerra do Paraguai as colônias militares não se revelaram eficazes, muitas foram destruídas pelas tropas paraguaias. Ao final da década de 1860, algumas foram desativadas, transformadas em vilas, cumprindo no entanto seu papel de povoamento e "posse" do território. Na década de 1870 e 1880 o projeto seria repensado, poucas colônias novas surgiram. Essa pesquisa tem assim dois focos: um olhar geral, para o andamento do projeto nos gabinetes do governo central, no ministério da Guerra e do Império, de 1850 a 1889. Outro para os casos particulares que mostram enquadramentos diferenciados do projeto de colonização militar, e por isso ajudam a entender e discutir o projeto mais amplo. Estudaremos as colônias militares nas províncias de Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Mato Grosso e Pará. Interessa investigar a dinâmica da fundação de cada uma das colônias dessas províncias, entender os conflitos que marcaram cada região. Já iniciamos a pesquisa para os casos das colônias instaladas "no meio das matas", na fronteira entre Alagoas e Pernambuco, centrais para nosso estudo. São as lutas nas matas, vis a vis as lutas no gabinete ministerial, o foco do nosso problema. Civilizar os sertões com as colônias militares foi uma política de Estado. O Estado monárquico constitucional buscava pelas leis e pelos acordos resolver questões consideradas "crônicas" (nova lei dos correios, colônias de imigrantes, colônias militares, companhias de navegação fluvial, ferrovias), com o objetivo de modernizar a nação para viabilizar o progresso. (AU)

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