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Metodologia IRDI nas creches: uma proposta de intervenção orientada pela psicanálise

Processo: 14/06544-5
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Vigência: 01 de agosto de 2014 - 31 de março de 2015
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia do Desenvolvimento Humano
Pesquisador responsável:Maria Cristina Machado Kupfer
Beneficiário:Maria Cristina Machado Kupfer
Instituição Sede: Instituto de Psicologia (IP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Psicanálise  Saúde mental  Desenvolvimento infantil  Deficiências do desenvolvimento  Indicador de risco  Creches  Crianças 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Desenvolvimento Infantil | prevenção | Saúde Mental | Psicanálise

Resumo

Os artigos aqui apresentados são fruto do trabalho realizado por pesquisadores que se puseram a campo para colher os dados da pesquisa Metodologia IRDI nas creches: uma intervenção junto a educadores de creches a partir da psicanálise. Financiada pela FAPESP, esta pesquisa busca avaliar o uso da metodologia IRDI como instrumento de promoção de saúde mental de crianças de zero a dezoito meses em instituições de educação infantil. A metodologia IRDI é um procedimento de acompanhamento do desenvolvimento psíquico feito por psicanalistas em instituições de educação infantil por meio de indicadores clínicos com valor de previsão precoce de problemas de desenvolvimento. A metodologia utiliza o IRDI, instrumento validado para o uso de pediatras em consultas regulares (Kupfer et al., 2009 que está sendo agora levado às creches. Não para que os professores o utilizem, mas para que psicólogos orientados pela psicanálise possam tê-lo em mãos para guiar sua leitura e acompanhamento da constituição psíquica de bebês a partir do par professor-bebê.. O problema que se colocou para a nova pesquisa foi o de investigar meios de levar os professores de educação infantil a se tornar auxiliares na promoção de saúde mental de crianças, a partir da psicanálise, desde a primeira infância e verificar se contribui para a diminuição da incidência de problemas de desenvolvimento psíquico ulteriores. Neste livro, estão sendo apresentados os resultados da primeira fase da pesquisa, que consistiu no acompanhamento, durante 9 meses, de 364 crianças distribuídas em 26 creches das cidades de São Paulo e de Curitiba. Dela participaram 107 professores e a pesquisa se estendeu durante os anos de 2012 e 2013. Um grupo de 27 pesquisadores visitou as creches com uma frequência semanal. Em suas visitas, anotavam a presença ou a ausência dos IRDIs, uma vez que, ausentes, indicam que a constituição psíquica pode estar encontrando obstáculos. Regularmente, conversavam com as professoras sobre essas marcações, com o intuito de dirigir o olhar das professoras para aqueles bebês com registros de ausência. E frequentemente, obtinham como efeito uma "presentificação" dos indicadores ausentes. No ano de 2012, já foi possível observar que, em uma amostra de 134 crianças, 30% delas haviam mostrado uma transformação de ao menos um indicador, que se tornou presente depois de ter sido anotado como ausente. Em 2014, o estudo estatístico do banco de dados obtido acusou também uma transformação considerada significativa, pois foi comparada com os resultados de variações de ausente para presente registradas no primeiro estudo IRDI, no qual nenhuma intervenção havia sido feita. Isto quer dizer que podemos considerar como significativa a intervenção feita junto aos professores, intervenção que pode ter sido responsável pela "presentificação" de indicadores nas crianças sob seus cuidados. Embora alguns dados estatísticos também encontrem espaço nesta coletânea, a ênfase foi colocada especialmente nos aspectos qualitativos que puderam ser extraídos da experiência cotidiana dos pesquisadores nas creches. Os textos apresentados são relatos da experiência, estudos de casos de bebês das creches com base nos IRDIs, questões relativas ao laço professor-bebês, discussões teóricas sobre prevenção e saúde pública e questões específicas das creches, como por exemplo o uso da TV com os bebês ou os cuidados a eles dispensados, sempre tendo em vista o olhar sobre o "sujeito-bebê". (AU)

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