Auxílio à pesquisa 14/04383-4 - Cardiopatias, Valva mitral - BV FAPESP
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Estudo biomolecular de produtos de Chlamydia pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae e Borrelia burgerdorferi na etiopatogenia da degeneração mixomatosa da valva mitral

Processo: 14/04383-4
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de março de 2015
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2017
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Anatomia Patológica e Patologia Clínica
Pesquisador responsável:Pablo Maria Alberto Pomerantzeff
Beneficiário:Pablo Maria Alberto Pomerantzeff
Instituição Sede: Instituto do Coração Professor Euryclides de Jesus Zerbini (INCOR). Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Maria de Lourdes Higuchi
Assunto(s):Cardiopatias  Valva mitral  Mycoplasma pneumoniae  Chlamydophila pneumoniae  Borrelia burgdorferi 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Borrelia burgerdorferi | chlamydia pneumoniae | Colagenase | Degeneração mixomatosa | Mycoplasma pneumoniae | Valva mitral | Anatomia Cardiológica

Resumo

A doença mixomatosa da valva mitral compromete a matriz valvar pelo desequilíbrio na quantidade de ácidos mucopolissacarídeos sendo expressa clinicamente pelo prolapso da valva mitral (PVM). Sua etiologia ainda não está totalmente esclarecida, podendo ocorrer em formas familiares com transmissão autossômica dominante que pode ser dependente do tempo ou de fatores ambientais. A prevalência do PVM na população geral apresenta taxas que variam de 2,5 % a 30 %. A valva tipicamente mixomatosa apresenta-se à macroscopia como uma estrutura frouxa, com cúspides espessadas e redundantes, com área total aumentada e aspecto de conchas ou cúpula. A etiopatogenia das valvopatias degenerativas ainda é assunto bastante controverso, sendo as hipóteses de auto-imunidade e alteração genética as mais frequentemente levantadas. A participação das colagenases tem sido sugerida. Assim como na aterosclerose onde fatores classicamente associados como colesterol não explicam a inflamação existente, e agentes infecciosos (Chlamydia pneumoniae -CP e Mycoplasma pneumoniae- MP) têm sido encontrados em grande quantidade nas placas de aterosclerose vulneráveis, estes fatores poderiam estar participando na inflamação presente nas valvopatias.Higuchi et al., em um estudo que mostrou a participação de microorganismos no desenvolvimento de doenças crônicas inflamatórias e degenerativas em humanos e animais, fez uma comparação entre várias doenças valvares (insuficiência ou estenose por doença reumática, estenose aórtica calcificada e prolapso da valva mitral). Este trabalho foi uma abordagem geral sobre a presença de agentes infecciosos nessas valvas e a possível participação patogenética dos mesmos, que ainda nunca tinha sido investigada, focando principalmente CP e MP. Encontramos ainda no estudo anterior alta incidência de antígenos e formas à microscopia eletrônica de Borrelia burgerdorferi (BB) em valvas. No presente projeto, vamos focalizar estes três agentes bacterianos no prolapso da valva mitral e avaliar sobre um possível papel, em simbiose ou não, na patogenia da degeneração mixomatosa da valva mitral. Por outro lado, genes de arquéia têm sido descritos em patógenos persistentes que aparentemente conferem capacitação metabólica a eles como estratégia adaptativa para sobrevivência em ambientes hostis. Microparticulas semelhantes à arquéias foram descritas em placas de ateromas vulneráveis, em associação com matriz mixóide. Em estudo ainda não publicado verificamos associação dessas microparticulas com colagenase humana MMP9 e colagenase de arquéia AMZ1, que também estava aumentada em casos de doença de Chagas com insuficiência cardíaca. Assim, pretendemos relacionar a presença de antígenos desses agentes infecciosos, com resposta inflamatória e colagenases (MMP9 e AMZ1) nas áreas de degeneração mixomatosa em comparação com áreas mais fibróticas da valva mitral.O estudo analisará 2 grupos com 20 fragmentos em cada grupo: grupo I, composto por fragmentos de tecido valvar mitral com diagnóstico clínico de degeneração mixomatosa extraídos em procedimentos de troca ou plastia valvar mitral; grupo II, formado por segmentos de valvas mitrais sem doença clínica. As técnicas de análise serão:*Colorações de hematoxilina e eosina (H&E) e MOVAT. No H&E será feita análise de quantidade de fibrose, calcificação e áreas de degeneração mucóide. No MOVAT, avaliaremos a presença de tecido comprometido pela degeneração mixomatosa.*Técnica de imunohistoquímica (IQ) para detecção de antígenos da BB, CP, MP, mediadores inflamatórios (CD20, CD45, CD68) e marcadores de colágeno (MMP9, AMZ1).*Análise quantitativa dos aspectos microscópicos após imunohistoquímica, será realizada com o analisador de imagens Aperio Image Scope View software (Aperio Tecnologies, Inc, CA, USA) detectando-se a porcentagem de área positiva ocupada pelos respectivos antígenos.*Microscopia eletrônica de transmissão para visualização direta da CP, MP e BB. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
TIVERON, MARCOS GRADIM; ALBERTO POMERANTZEFF, PABLO MARIA; HIGUCHI, MARIA DE LOURDES; REIS, MARCIA MARTINS; PEREIRA, JAQUELINE DE JESUS; KAWAKAMI, JOYCE TIEKO; IKEGAMI, RENATA NISHIYAMA; DE ALMEIDA BRANDAO, CARLOS MANUEL; JATENE, FABIO BISCEGLI. Infectious agents is a risk factor for myxomatous mitral valve degeneration: A case control study. BMC INFECTIOUS DISEASES, v. 17, . (14/04383-4)

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