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Pontes e estradas em uma província no interior do Brasil oitocentista: engenharia, engenheiros e trabalhadores no universo construtivo da infraestrutura viária de Minas Gerais (1835-1889)

Processo: 15/00204-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Vigência: 01 de maio de 2015 - 30 de abril de 2016
Área do conhecimento:Ciências Humanas - História - História do Brasil
Pesquisador responsável:Gildo Magalhães dos Santos Filho
Beneficiário:Gildo Magalhães dos Santos Filho
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Século XIX  Transportes  Engenheiros  Estradas  Pontes  Minas Gerais  Brasil  Publicações de divulgação científica  Produção científica  Livros 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Brasil | Engenheiros | Minas Gerais | Pontes e estradas | Século XIX | História dos transportes

Resumo

A dissertação tem por objetivo analisar a especificidade da infraestrutura viária da província de Minas Gerais entre 1835 e 1889. Considera-se que as obras viárias envolveram uma rede específica de atores: engenheiros nacionais e estrangeiros, executores das obras (arrematantes, empreiteiros, encarregados) e artífices. Enfatiza-se o processo de adoção de novas tecnologias construtivas e a importância de atores distintos no âmbito da Engenharia no Brasil, assim como as formas de contato e transmissão de conhecimento científico e técnico durante a construção de pontes e estradas. Verifica-se que a modernização viária de Minas Gerais presenciou (i) a intensa circulação de engenheiros e, consequentemente, a junção de problemas técnicos e econômicos na edificação de pontes e estradas; (ii) a fragilidade do sistema de patente de 1830 na tentativa de construção e difusão de uma ponte pênsil no Brasil; (iii) a existência de rotas internas que atendiam a circulação mercantil. O trabalho mostra as relações entre o mercado (setor de exportação e abastecedor de gêneros alimentícios), o Estado e os transportes. Além disso, analisa-se a construção de pontes e estradas no Brasil do século XIX, dando uma atenção especial à disponibilidade de instrumentos científicos. Os resultados mostram que a compra e uso de instrumentos científicos criou uma rede de contato entre engenheiros e uma oficina de instrumentos científicos. A análise dos processos de pontes e estradas forneceu quatro resultados específicos: 1) a relação comercial estabelecida entre o Armazém e Oficinas de Ópticas e Instrumentos Científicos, na cidade do Rio de Janeiro e os engenheiros; 2) os produtos comprados e reparados no estabelecimento comercial; 3) a maneira pela qual os engenheiros viajavam e a divisão social do trabalho em torno das tarefas diárias de transporte, desmontagem e manutenção dos instrumentos científicos; 4) os livros comprados nas livrarias na cidade do Rio de Janeiro. Portanto, intenta-se avaliar as relações e negociações estabelecidas entre os indivíduos com formação nos campos disciplinares da Engenharia, ressaltando as interações da ciência, da técnica e da tecnologia com outras esferas, ou seja, as formas de organização da sociedade, a institucionalização da Engenharia, as práticas dos arrematantes e artífices e a condição financeira da província de Minas Gerais no que tange aos investimentos em infraestrutura viária. (AU)

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