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Estudos da infância no Brasil: memórias e encontros

Processo: 14/12036-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Vigência: 01 de junho de 2015 - 31 de maio de 2016
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Educação - Tópicos Específicos de Educação
Pesquisador responsável:Anete Abramowicz
Beneficiário:Anete Abramowicz
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Sociologia da infância  Educação infantil  Crianças  Infância  Publicações de divulgação científica  Produção científica  Livros 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Criança e Infância | Educação da Infância | estudos da infância | Pesquisa em Educação Inbfantil | Pesquisadoras da Infância | Sociologia da Infância | Estudos da Infância

Resumo

Este livro é o resultado da pesquisa desenvolvida durante três anos com apoio da FAPESP, cujo objetivo inicial foi realizar uma genealogia da sociologia da infância brasileira, tendo como marcos iniciais os trabalhos desenvolvidos por Florestan Fernandes e Virgínia Leone Bicudo na década de 1940. Tomamos estes trabalhos como uma espécie de marco inicial dos estudos da infância do Brasil, em especial o trabalho de Florestan Fernandes que estudou a maneira pela qual as crianças do Bairro do Bom Retiro em São Paulo se socializavam, elucidando as diferentes formas de se relacionarem a partir do estudo das brincadeiras ou "troças" infantis. Neste trabalho ele utiliza o conceito cultura da infância que será constantemente retomado por diferentes pesquisadores da infância. Realizamos uma análise das temáticas que povoavam as discussões teóricas deste período. Deste modo, este livro está dividido em quatro territórios, no primeiro realizamos uma análise do texto de Florestan Fernandes "As trocinhas do Bom Retiro", O segundo território resulta da leitura exaustiva dos textos que reunimos das pesquisadoras: Maria Machado Malta Campos, Fúlvia Rosemberg, Sonia Kramer, Ana Lucia Goulart de Faria, Tikuko Morchida Kishimoto e Ethel Kosminski e um traçado dos principais temas que marcaram, suas publicações no período de 1970 até os dias atuais. O terceiro território traz algumas reflexões e análises a partir dos debates apontados pelas autoras em suas publicações e que destacamos ao longo do livro. Nele, buscamos de algum modo sintetizar os principais temas e perspectivas a partir dos quais os Estudos da Infância se constitui. Para finalizar, apresentamos no quarto território as memórias, com as entrevistas realizadas com as pesquisadoras estudadas nesta pesquisa. Optamos por deixar as entrevistas completas nos CDs, pois de outra forma o livro se tornaria inviável devido ao número de páginas. Estas entrevistas foram realizadas no local de trabalho das pesquisadoras e posteriormente foram transcritas e enviadas às pesquisadoras, que as editaram para a autorização da publicação. Com este livro pretendemos, ao mesmo tempo, realizar uma síntese, mesmo que parcial deste campo e também falar das pesquisadoras que incidem neste campo, construindo-o e sendo construídas por ele. Esta obra pela sua magnitude e trabalho despendido, não poderia ser realizado a não ser por um grupo de pesquisadoras da área reunidas no Grupo de Pesquisa: estudos da criança e da infância: práticas e políticas da diferença. Apesar de toda a obra ter sido realizada em conjunto, destacamos os capítulos por autoras, pois nos empenhamos de maneira diferenciada pelas autoras e textos lidos. Gostaríamos de enfatizar que as análises realizadas são de absoluta responsabilidade do grupo de pesquisa e nem sempre refletem ou convergem com a opinião das teóricas da área entrevistadas. Por fim, este livro pode ser lido como uma cartografia, onde cada leitor escolhe sua porta de entrada, bem como, a sequência. Os capítulos podem ser lidos de maneira independente, bem como é possível, só ler as entrevistas que constam no CD. Buscamos capturar, a partir também de outra estrutura formal, as histórias singulares, os textos e a visão de mundo complexo e sensível destas mulheres que marcaram e foram marcadas pelas lutas e estudos que compõem o que hoje se denomina como estudos da infância. Compusemos uma cartografia de maneira a tratar os temas contemporâneos da educação infantil e da sociologia da infância, que poderão ser lidos de maneira não sequencial, tal como uma cartografia, com vários territórios. Ao optar metodologicamente em compor a cartografia entendemos com Rolnik que as paisagens psicossociais também são cartografáveis. (AU)

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