Auxílio à pesquisa 15/16836-6 - Religiões, Conflitos religiosos - BV FAPESP
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Esoterismo ocidental, religião e poder na Europa do Renascimento: antecedentes teóricos, problemas metodológicos e desafios atuais

Processo: 15/16836-6
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Pesquisador Visitante - Internacional
Data de Início da vigência: 30 de novembro de 2015
Data de Término da vigência: 04 de dezembro de 2015
Área do conhecimento:Ciências Humanas - História - História Moderna e Contemporânea
Pesquisador responsável:Ana Rosa Cloclet da Silva
Beneficiário:Ana Rosa Cloclet da Silva
Pesquisador visitante: Juan Pablo Bubello
Instituição do Pesquisador Visitante: Universidad de Buenos Aires (UBA), Argentina
Instituição Sede: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Religiões  Conflitos religiosos  Esoterismo  Modernidade  Renascimento  Secularização  Intercâmbio de pesquisadores 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Esoterismo Ocidental | modernidade | Política | religião | Renascimento | secularização | Ciências da Religião

Resumo

Esoterismo ocidental entendido como um fenômeno cultural que inclui os séculos XVI-XX, ainda é um novo objeto de estudo que não tem mais de três décadas. No entanto, desde Antoine Faivre o propusera, em 1986, ganhou amplo consenso entre os especialistas. Desde então, intensas discussões sobre problemas metodológicos, esclarecimentos conceituais e possíveis desenvolvimentos da teoria têm gerado uma quantidade considerável de literatura e estudos de caso com base em fontes primárias editadas e inéditas. Ao mesmo tempo, cadeiras específicas foram criadas para sua abordagem em cursos universitários e são ministrados cursos e seminários de graduação e pós-graduação. Também surgiram revistas especializadas como Aries ou o Correspondences Journal e, nos últimos 15 anos, foram crados três centros principais no mundo que reúnem os principais estudiosos: desde 2002, a Asociation for the Study of Western Esotericism (reúne especialistas da EUA) desde 2005, a European Society for the Study of Western Esotericism (inclui aqueles da Europa); e, a partir de 2011, o Centro de Estudios sobre el Esoterismo Occidental de la UNASUR (que reúne estudiosos da América Latina).Neste âmbito, um dos temas centrais é o desenvolvimento do "Esoterismo" na Europa renascentista, articulado aos conflitos religiosos. Acontece que, no século XVI, Marsilio Ficino, Giovanni Pico della Mirandola, Johannes Reuchlin, Guillaume Postel, Heinrich Cornelius Agripa e Giordano Bruno, todos ligados à tradição hermética, magia astral, Cabala cristã e à magia natural, ajudaram a moldar algumas das principais correntes do esoterismo ocidental, promovendo uma rede de práticas e representações heterogêneas, mas específicas. Paralelamente, neste contexto, um processo cultural complexo, definido como uma verdadeira guerra contra a magia (Davies, 2009) e expressa em estratégias discursivas de impugnação e práticas de perseguição contra estes esotéricos, que foi impulsionado pelos representantes ortodoxos das várias Igrejas cristãs, de acordo com os seus interesses. Frente ao conflito, os representantes do esoterismo desenvolveram duas - mas não apenas - táticas básicas: 1) construíram e publicaram elaborados discursos apologéticos para legitimar suas práticas e representações e / ou 2), procuraram vincular-se, de várias maneiras, as poderes políticos locaisl, regionais, reais, imperiais, em troca de protecção. A sorte, porém , lhes foi díspar: às vezes encontraram proteção política; às vezes, a perseguição, o exílio, quando não a fogueira.Assim, propõe-se, a partir da abordagem histórico-cultural, por um lado, esclarecer conceitualmente e teoricamente esoterismo como um objeto de estudo histórico; e, por outro lado, mas simultaneamente, abordar a relação complexa e problemática entre esoterismo, religião e política no contexto específico do Renascimento - a partir da leitura crítica de literatura clássica e atualizada, de mediana e alta complexidade - e da utilização das fontes primárias representativas. " (AU)

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