Auxílio à pesquisa 15/17657-8 - Dessalinização, Recursos hídricos - BV FAPESP
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Água no Oriente Médio: o fluxo da paz

Processo: 15/17657-8
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2015
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2016
Área do conhecimento:Ciências Exatas e da Terra - Geociências - Geografia Física
Pesquisador responsável:Luis Antonio Bittar Venturi
Beneficiário:Luis Antonio Bittar Venturi
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Dessalinização  Recursos hídricos  Água  Oriente Médio  Publicações de divulgação científica  Produção científica  Livros 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Compartilhamento | dessalinização | recurso hídrico | Recursos Naturais

Resumo

Ao se tratar de Oriente Médio, a água é tema central, seja pela escassez deste recurso em si, seja por relacionar-se à ideia de conflito. Com muita frequência, o primeiro aspecto associa-se ao segundo. Este esquema lógico: conflito como decorrência da escassez hídrica é tão amplamente utilizado e facilmente absorvido por qualquer um que se interesse pela região, que acaba se tornando um modelo explicativo. Porém, este paradigma deve ser rediscutido, uma vez que a realidade do Oriente Médio contemporâneo tem se alterado aceleradamente. Por um lado, os países que compartilham águas, como aquelas da bacia do rio Eufrates, parecem consolidar entendimentos deixando a ideia de conflito cada vez mais distante. Já, nos países do Golfo Pérsico, de extrema escassez natural, a inserção técnica gera autonomia de abastecimento e anula as possibilidades de conflitos envolvendo recursos hídricos, exigindo dos geógrafos uma revisão dos padrões teórico-conceituais relacionados à água como recurso natural. Diante das novas realidades daquela região, este livro tem como objetivo central demonstrar a necessidade de uma revisão teórico-conceitual acerca do recurso hídrico. Como desdobramento deste objetivo, propomos um aperfeiçoamento do paradigma explicativo escassez-conflito e, ao mesmo tempo, uma maior acurácia conceitual acerca da água enquanto recurso renovável. Orientamos a tese pela hipótese geral de que, tanto o compartilhamento entre os países como o atual grau de inserção técnica na produção de água tornariam os atuais paradigmas explicativos e conceituais acerca do recurso hídrico pouco eficientes para a compreensão destas realidades eleitas para esta análise. O estudo baseou-se na análise evolutiva da história recente de dois contextos que, embora muito distintos, juntos, abrangem quase a totalidade do Oriente Médio, portanto, mais representativos da região. Esta análise pautou-se, em grande parte, pela escola da Geografia Regional, razão pela qual apoiamo-nos em autores como Raoul Blanchard, Emmanuel De Martonne, Paul Vidal de La Blache, W.B. Fisher, Pierre Gourou, Sir Laurence Dudley Stamp, mas também em Max Sorre, citados com frequência ao longo do texto. O primeiro contexto relaciona-se a uma situação de águas compartilhadas, representado pela bacia do rio Eufrates, envolvendo a Turquia (nascentes e alto curso), Síria (médio curso) e Iraque (curso inferior e foz). O segundo contexto refere-se ao Golfo Pérsico, focalizando pelo menos dois países, (Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita), devido sua representatividade na região que se caracteriza, entre outros aspectos, pelo forte estresse hídrico aliado ao alto desenvolvimento tecnológico voltado para a produção de água potável. Metodologicamente, conduzimos este estudo sob a perspectiva hipotético-dedutiva, partindo-se de sentenças gerais dadas pelo paradigma escassez hídrica-conflito e pelo conceito de recurso hídrico. Tais elementos teóricos foram confrontados com a realidade empírica do Oriente Médio e, na busca de sua compreensão, foram falseados. Tecnicamente, apoiamo-nos em análise documental, entrevistas, registros fotográficos, produtos cartográficos e, sobretudo, em extensos trabalhos de campo que forneceram o lastro empírico necessário aos argumentos propostos. Palavras-chave: Recurso hídrico. Conflito. Compartilhamento. (AU)

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