Resumo
A atividade antioxidante in vitro de um produto consiste em uma medida amplamente empregada para se obter uma avaliação preliminar da atividade biológica de uma matriz alimentícia. Nos últimos anos, metodologias vêm sendo desenvolvidas para avaliar a capacidade de extratos vegetais em combater radicais livres normalmente produzidos no metabolismo humano, a exemplo dos radicais 1O-2, H2O2, O2, HOCl, ONOO e NO. Estes métodos podem fornecer dados mais fidedignos em relação a real ação dos compostos fitoquímicos no organismo humano, permitindo uma melhor interpretação da bioatividade dos mesmos. No entanto, atualmente, no Brasil, não existem laboratórios com estas metodologias implantadas. Em vista disso, estudos que tenham investigado o potencial antioxidante de frutos nativos do Brasil através destas técnicas ainda são bastante escassos, a exemplo das espécies propostas neste projeto: açaí, camu-camu, jabuticaba, ora-pro-nobis, atemoia e tamarindo. Por esse motivo, estamos em busca de treinamento para os alunos da nossa unidade nas metodologias mencionadas, pois acreditamos que em face do enorme potencial de flora que o Brasil detém, a implantação das mesmas em laboratórios brasileiros seria de fundamental importância para auxiliar na investigação do potencial bioativo de diversas espécies vegetais nativas do País, contribuindo, dessa forma, para a descoberta de novos alimentos potencialmente benéficos à saúde, assim como para a valorização destas espécies perante o mercado. Portanto, o objetivo deste estudo será avaliar a capacidade de extratos de frutas nativas do Brasil (açaí, camu-camu, jabuticaba, atemoia, tamarindo, ora-pro-nobis) para promover a desativação de espécies reativas do nitrogênio e do oxigênio. (AU)