Resumo
A construção de portos e marinas na região costeira promove diversas alterações nos ecossistemas marinhos. Para organismos sésseis, marinas aumentam o substrato para recrutamento, entretanto essas construções representam um habitat com pressões seletivas muito distintas do substrato natural, uma vez que associado ao aumento do substrato há também um aumento da poluição, o que vem facilitando a entrada de espécies não nativas. Um dos principais mecanismos naturais de controle da bioinvasão é a predação, uma vez que predadores têm o potencial para controlar a entrada de propágulos exóticos, assim como estruturar a comunidade incrustante. Entretanto, essa importância da predação é muito variável em função do local no globo onde a comunidade se desenvolve. Em regiões tropicais a intensa predação tende a diminuir a diversidade podendo controlar espécies exóticas, o que dificilmente é observado em regiões de clima temperado. Além das alterações na composição de espécies, marinas também afetam a diversidade fenotípica das espécies. Por exemplo, o cobre, que é usado na fabricação de tintas anti-incrustantes, é um dos metais pesados mais comuns em marinas, induzindo a manifestação de fenótipos alternativos em organismos sésseis. Apesar disso, as alterações metabólicas causadoras dessa plasticidade ainda não foram exploradas. Desta forma, esse projeto tem como objetivo avaliar como a disponibilidade de substrato afeta a estruturação das comunidades incrustantes em seis marinas do litoral sudeste do Brasil, comparar a importância da predação em uma região tropical/subtropical no Brasil com a uma região tropical em Angola e uma região de clima temperado no País de Gales, além de avaliar as alterações metabólicas promovidas pela exposição de um invertebrado séssil ao cobre. (AU)
Publicações científicas
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(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
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