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Vestidas e afeitas para serem virtuosas: as mulheres na Castela dos séculos XIV e XV

Resumo

Na Castela dos séculos XIV e XV, as vestimentas e adornos das mulheres passaram a ser alvo de uma série de prescrições que visavam à sua moralização. Monarcas, procuradores das cidades, confessores e tratadistas alegavam que havia diversos excessos no vestir e adornar das mulheres que colocavam em risco não apenas a sua salvação e a de seus maridos, mas igualmente a ordem natural das coisas e o bem comum do reino. O desenvolvimento das cidades, a retomada comercial e a circulação de diversos bens, como os tecidos oriundos de outras regiões, propiciaram maior variação nas formas de se vestir e menor fixidez nos vestuários dos diversos estamentos que compunham a sociedade. Durante esse período, foram comuns as queixas e as críticas de que certas mulheres não deixavam transparecer seu interior, pois, ao se afeitarem em demasia e não se vestirem conforme a disposição dada por Deus, embaralhavam as referências, ficando predispostas ao vício, predispondo outros a pecar e favorecendo confusões entre os estados. Com o intuito de evitar tais faltas, foram estabelecidas, durante os dois séculos, diversas leis e regras por meio das quais as mulheres deveriam se guiar e serem guiadas por seus responsáveis para alcançarem um uso moderado, virtuoso e proveitoso dos vestidos e afeites. A partir dos problemas apontados em diversos escritos da época, normativos e edificantes, a proposta central da pesquisa é inquirir sobre os valores e as especificações que deveriam pautar a conduta das castelhanas no trato de sua aparência. (AU)

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