Auxílio à pesquisa 17/02720-1 - Relações de gênero, Delitos sexuais - BV FAPESP
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Significados de violência sexual: as mídias e a disputa pública por construção de direitos

Resumo

Este projeto visa entender a construção pública de categorias de violência sexual e de gênero, categorias em processo de transformação ou constituição. Especificamente, reflete sobre a demanda por reconhecimento de novas noções de estupro e assédio sexual que estão se constituindo na arena pública nos últimos anos, com ênfase na esfera da mídia, tanto a mídia hegemônica, como aquela que se define como independente ou mesmo militante, na sua interação com os movimentos sociais e o sistema judiciário. Objetiva-se entender como essas categorias de violência sexual estão sendo constituídas e debatidas em algumas produções midiáticas, conteúdos de sites de internet e redes sociais e quais os atores sociais e institucionais estão atuando nesse processo, por um lado, e por outro como se dá a interação entre mídias e movimento social e inclusive entre mídia e judiciário com um caso específico. Numa certa medida, pode-se entender esse processo como uma demanda por reconhecimento dos direitos das mulheres. Tais categorias estão em disputa, na medida em que estupros podem ser vistos apenas como intercurso sexual (e não violência necessariamente), assim como assédio poderia ser qualificado como "cantada". Em termos de metodologia e recorte empírico, o projeto visa engajar alunos de graduação e pós em diversos recortes empíricos: (1) a mudança de imagem na mídia do médico Roger Abdelmassih e o impacto de seu processo na justiça na redefinição da noção de prova nos processo judiciais; (2) os casos de violência sexual nas universidades divulgados na CPI do trote no estado de São Paulo e sua repercussão na imprensa escrita; (3) o caso do ator Alexandre Frota que revela um estupro de modo jocoso num programa de entrevistas e a circulação deste caso nas mídias alternativas e no movimento feminista jovem; (4) as campanhas sobre assédio veiculadas em mídias alternativas e hegemônicas e blogues feministas, com foco em Think Olga e Chega de Fiu-fiu. (AU)

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