Pesquisa e Inovação: Telha Sanduíche Cultivável: um novo sistema para telhados verdes que não demanda impermeabilização e coloca o mercado de telhas na mira da sustentabilidade
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Telha Sanduíche Cultivável: um novo sistema para telhados verdes que não demanda impermeabilização e coloca o mercado de telhas na mira da sustentabilidade

Processo: 16/10264-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas - PIPE
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Agronomia - Floricultura, Parques e Jardins
Acordo de Cooperação: FINEP - PIPE/PAPPE Subvenção
Pesquisador responsável:Sérgio Fausto Rizzi Rocha
Beneficiário:Sérgio Fausto Rizzi Rocha
Empresa:Instituto Cidade Jardim Ltda. - ME
Município: Itu
Assunto(s):Agricultura urbana  Agricultura sustentável  Sustentabilidade  Cultivo de plantas  Hidroponia  Coberturas  Telhas 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:agricultura urbana | cidades sustentáveis | Telha hidropônica | telhado verde | telhas e painéis verticais | telhas para cobertura | Telhados verdes e jardins suspensos

Resumo

Telhados verdes são sistemas vivos que permitem o cultivo de plantas sobre coberturas de edificações. São uma das principais tendências da arquitetura contemporânea, sendo que o crescimento deste mercado vem sendo promovido em todo o mundo como tecnologia de impacto, por sua capacidade para promover a redução de enchentes, redução de consumo de energia elétrica, melhoria na qualidade do ar, isolamento acústico, agricultura urbana, e melhoras no estilo e qualidade de vida. Entretanto, todos os sistemas para telhados verdes existentes no mercado (global) tem uma característica em comum: dependem de uma base de apoio estanque, estruturalmente adequada para sua aplicação - de forma geral, uma laje com camada impermeabilizante. Isso significa que, apesar da grande quantidade de serviços ambientais oferecidos, a maior parte das construções do planeta não podem receber um telhado verde basicamente por uma questão de inadequação tecnológica e seus custos decorrentes - telhas de barro e fibrocimento (84% do mercado nacional) absorvem água e ficam quebradiças quando úmidas, inviabilizando o caminhamento de pessoal para a manutenção e a instalação segura de telhados verdes. Além disso, é preciso adicionar o custo extra dos componentes do telhado verde, hoje estimados na faixa de R$250/m2, aos investimentos na estrutura de suporte (madeiramento ou metálico) e telhas. Apenas para se comparar, uma telha termo-acústica sanduíche - top de linha no mercado, custa em torno de R$70/m2. No Brasil, 97% do mercado de coberturas corresponde a venda de produtos mais populares como telhas de fibrocimento, barro ou metálicas. Por este motivo o impacto das coberturas verdes ainda é muito pequeno, se disseminando de forma restrita dentro de nichos inseridos em uma parcela de apenas 1% do mercado de coberturas - essencialmente empreendimentos corporativos e residenciais classe AAA. Tendo em vista que os telhados verdes apenas cumprem com seu potencial de impacto quando aplicados em grande escala, desde 2008 o Instituto Cidade Jardim assumiu a missão de tornar os telhados verdes mais populares que as coberturas secas tradicionais, com o objetivo de transformar nossas cidades a partir de seus telhados. Para isso, há 8 anos vem atuando como pioneiro neste mercado no Brasil, contribuindo com cerca de 10.000 m2/ano de telhados verdes instalados junto aos principais escritórios de arquitetura, paisagismo e empreendimentos de engenharia do país. Com base neste desafio e em nossa experiência, logo desenvolvemos a convicção de que o mercado precisava de um produto único, com habilidade para derrubar estas objeções e, se possível, familiar ao modo de trabalho da construção civil. Após diversas experimentações, em 2012 obtivemos o registro da "Telha Sanduíche Cultivável" - primeiro sistema para telhado verde estanque do mundo (que dispensa impermeabilização) e pode ser aplicado a qualquer edificação como uma telha convencional. Este novo sistema permite o cultivo a maior parte das espécies ornamentais (forrações, capins, herbáceas), além de aplicações agrícolas como o cultivo de folhagens, legumes e grãos, podendo ser utilizado nas mais diversas situações de clima. Os potenciais são enormes. Por isso acreditamos que a forma mais rápida, de menor investimento e maior abrangência de distribuição para acessar o mercado, seja o licenciamento da patente para empresas que já atuem ou tenham interesse no mercado de soluções para telhados e coberturas. Precisamos encontrar parceiros com comprovada capacidade de produção, força e capilaridade comercial para que este produto possa rapidamente atingir seu potencial de impacto e transformação urbana. O programa de pesquisa e desenvolvimento proposto irá lapidar as características técnicas e industriais desta inovação, preparando-a comercialmente para lançamento e obtenção de escala no mercado. (AU)

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