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Explorando a virulência e a imunogenicidade no patógeno emergente Sporothrix brasiliensis

Processo: 17/23342-5
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Vigência: 01 de dezembro de 2017 - 31 de agosto de 2019
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Microbiologia
Pesquisador responsável:Zoilo Pires de Camargo
Beneficiário:Zoilo Pires de Camargo
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Sporothrix  Esporotricose  Virulência  Micoses  Micologia  Sporothrix brasiliensis 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:esporotricose | micoses | Patogenicidade | Sporothrix | Sporothrix brasiliensis | Virulência | Micologia

Resumo

A esporotricose é uma infecção polimórfica crônica de seres humanos e animais adquirida classicamente após inoculação traumática com solo e material vegetal contaminado com propágulos de Sporothrix spp. Uma via de transmissão alternativa e bem-sucedida envolve mordidas e arranhões de gatos doentes, através das quais as leveduras de Sporothrix são inoculadas no tecido do hospedeiro mamífero. O desenvolvimento de um modelo murino de esporotricose subcutânea que mimetize a via de transmissão alternativa é essencial para a compreensão da patogênese da doença e o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. Para explorar o impacto da transmissão horizontal em animais (por exemplo, gato-gato) e transmissão zoonótica na infecção por Sporothrix, a pata traseira esquerda dos camundongos BALB/c foram inoculadas com 5x106 leveduras (n = 11 S. brasiliensis, n = 2 S. schenckii, ou n = 1 S. globosa). Vinte dias após a infecção, nosso modelo reproduziu tanto a fisiopatologia quanto a sintomatologia da esporotricose com nódulos subcutâneos supurantes que evoluíram proximalmente ao longo dos canais linfáticos. Através dos principais membros patogênicos do clado S. schenckii, S. brasiliensis era geralmente mais virulento do que S. schenckii e S. globosa. No entanto, a virulência em S. brasiliensis era dependente da cepa, e demonstramos que os isolados altamente virulentos se disseminam da pata esquerda para o fígado, baço, rins, pulmões, coração e cérebro de animais infectados, induzindo perda de peso significativa e crônica (perdendo até 15% do peso corporal). A perda de peso correlacionou-se com a morte do hospedeiro entre 2 e 16 semanas após a infecção. As características histopatológicas incluíram necrose, inflamação supurativa e infiltrados inflamatórios polimorfonucleares e mononucleares. O immunoblot utilizando antisoros específicos e exoantígenos homólogos investigaram a resposta humoral. Os perfis antigênicos eram específicos de cada isolado, suportando a hipótese de que diferentes espécies de Sporothrix podem provocar uma resposta humoral heterogênea ao longo do tempo, mas observou-se uma reação cruzada entre proteomas de S. brasiliensis e S. schenckii. Apesar da grande diversidade nos perfis de imunotransferência, os anticorpos foram principalmente derivados de 3-carboximuconato-ciclase, uma glicoproteína oscilando entre 60 e 70 kDa (gp60-gp70) e uma molécula de 100 kDa em quase 100% dos ensaios. Assim, nossos dados ampliam a visão atual da virulência e imunogenicidade no sistema Sporothrix-esporotricose, expandindo substancialmente as possibilidades de genômica comparativa com isolados com características de virulência divergentes e ajudando a descobrir mecanismos moleculares e pressões evolutivas que sustentam o surgimento da virulência Sporothrix. (AU)

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