Resumo
O principal objetivo dos estudos em ultrassonografia hepática é o aprimoramento de técnicas que avaliem parênquima e vascularização, com sensibilidade e alto grau de especificidade, minimizando a realização de exames invasivos, que trazem riscos ao paciente. O estudo do fluxo sangüíneo no fígado por meio da ultrassonografia Doppler é de grande auxílio, e sua correlação às principais doenças hepáticas, torna a técnica de extrema importância na Medicina Humana. Porém, em relação à fibrose hepática, a ultrassonografia e o Doppler, apesar de auxiliarem em seu diagnóstico, não a quantificam. Para tal, a biópsia é considerada o padrão ouro, porém é invasiva e traz riscos ao paciente. Diante deste problema, o exame ultrassonográfico, através da técnica de elastografia, toma-se ainda mais relevante na avaliação das doenças hepáticas crônicas, por apresentar resultados muito promissores em Medicina Humana na quantificação do grau de fibrose. A aplicação da técnica em Veterinária é fundamental, devido aos animais serem considerados modelos experimentais essenciais ao avanço das pesquisas na Medicina; também, devido a não existirem relatos da técnica em cães, nos quais as hepatopatias crônicas são afecções extremamente freqüentes e potenciais causas de óbito. Assim, vimos propor estudos inovadores na veterinária, com os objetivos de avaliar as alterações hepáticas em cães, ao ultrassom, sua vascularização, em modo Doppler, e quantificar a fibrose pela elastografia em tempo real, a fim de correlacionar os resultados obtidos, aos diversos tipos de afecções hepáticas, classificadas pela histopatologia, avaliando a aplicabilidade de tais técnicas nos cães. (AU)
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