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Vanguarda do atraso ou atraso da vanguarda? Oswald de Andrade e os teimosos destinos do Brasil

Processo: 09/11861-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Vigência (Início): 01 de março de 2010
Vigência (Término): 29 de fevereiro de 2012
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia
Pesquisador responsável:Lilia Katri Moritz Schwarcz
Beneficiário:Bruna Della Torre de Carvalho Lima
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:08/55377-3 - Formação do campo intelectual e da indústria cultural no Brasil Contemporâneo, AP.TEM
Assunto(s):Antropofagia   Romance   Identidade nacional   Escritores
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antropofagia | Filosofia | Identidade | Modernismo | oswald de andrade | Roberto Schwarz | Pensamento Social Brasileiro

Resumo

Este projeto visa urdir uma análise social em torno dos romances de Oswald de Andrade a partir de uma reflexão antropológica dos processos alterativos de constituição de identidades em países periféricos. Oswald de Andrade nasceu em São Paulo, em 1890, formou-se na Faculdade de Direito do Largo do São Francisco, escreveu para diversos jornais, tal como o Diário de São Paulo, Correio da Manhã, A Gazeta e Estado de São Paulo e fez inúmeras viagens ao estrangeiro. Em 1917, Oswald forma, juntamente com Mário de Andrade, Di Cavalcanti, Guilherme de Almeida e Ribeiro Couto, o primeiro grupo modernista e freqüenta os famosos meios boêmios no Rio de Janeiro e em São Paulo dos anos 1920. O poeta, dramaturgo e romancista participa ativamente da Semana de Arte Moderna de 1922 realizada de 13 a 17 de fevereiro no Teatro Municipal de São Paulo e forma, com Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Menotti Del Picchia, o chamado "grupo dos cinco". Em 1928, funda com Antonio Alcântara Machado e Raul Bopp a revista Antropofagia. Além de conhecer e exercer grande influência nos meios artistas paulista e carioca dos anos 1920 até a sua morte, em 1954, Oswald de Andrade estabeleceu relações e diálogos com cientistas sociais tais como Roger Bastide e Lévi-Strauss. Oswald de Andrade assumiu durante sua vida múltiplas atitudes políticas e intelectuais, sempre críticas em relação a realidade do país e do mundo em que vivia. Foi como poeta, dramaturgo, jornalista, romancista e intelectual que Oswald de Andrade pensou o Brasil nas suas mais diversas faces. Produzindo sempre uma arte e literatura engajadas com as questões de seu tempo, Oswald pode ser entendido como um intérprete do Brasil, assim como foram Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e muitos outros, cada um à sua maneira. É nesse sentido que a análise dos romances escritos pelo autor é proposta, como um modo de se pensar a temática das "idéias fora do lugar", enunciada por Roberto Schwarz, presente na obra andradiana e na relação com as imagens do Brasil criadas pelo romancista. O objetivo é verificar como os romances de Oswald de Andrade não constituíram somente documentos de sua época, mas são produtores de imagens, de cultura, de história e de representações de identidades. (AU)

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
LIMA, Bruna Della Torre de Carvalho. Vanguarda do atraso ou atraso da vanguarda? Oswald de Andrade e os teimosos destinos do Brasil. 2012. Dissertação de Mestrado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) São Paulo.

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