Bolsa 10/50551-5 - Literatura brasileira, Crônica teatral - BV FAPESP
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Luz e sombra no Ecran: realidade, cinema e rua nas crônicas cariocas de 1894 a 1922

Processo: 10/50551-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2010
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2014
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Teoria Literária
Pesquisador responsável:Miriam Viviana Garate
Beneficiário:Danielle Crepaldi Carvalho
Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Literatura brasileira   Crônica teatral   Crônica literária   Teatro   Cinema
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cronica | Literatura Brasileira | Literatura E Cinema | Seculo Xx | Teatro

Resumo

No final do século XIX, o desenvolvimento técnico redefiniu o modo como se compreendia a realidade. A imprensa absorveu mais homens de letras, tornando possível a profissionalização do escritor. Saciar o público ansioso e apressado tornou-se uma necessidade para aqueles que queriam se mantiver nas folhas, daí sua dedicação aos textos curtos, que podiam ser rapidamente consumidos. Assunto privilegiado por esses escritores foi o cinematógrafo, "médium" que somava arte e técnica e parecia simbolizar bem aquele momento em que tudo caminhava rápido. Em fins do século XIX, o poeta Olavo Bilac e o dramaturgo Arthur Azevedo tomavam o invento como o repositório fiel da realidade. Porém, enquanto Azevedo defendia-o (o invento guardaria registros dos fatos cotidianos às futuras gerações), Bilac execrava-o (ele não embelezava a realidade como a poesia). As opiniões conflitantes perduram. No entanto, a partir de meados de 10, escritores começam a tomar consciência de que o cinematógrafo apresentava uma linguagem específica: crônicas publicadas na época tematizam a identificação das moças frequentadoras do cinema com as heroínas das telas. Coelho Netto, em contos publicados nos anos 20, mostra perceber que os melodramas cinematográficos desencaminhavam as mocinhas com muito mais eficácia que os melodramas teatrais. O temor de Netto convive com considerações mais simpáticas ao "médium". Escritores como Oswald de Andrade e Alcântara Machado ou os desconhecidos Ed. Novarro (da recifense "A Pilhéria") e Jack (da carioca "Careta"), passam a incorporar a técnica cinematográfica ao seu estilo narrativo. Este trabalho de Doutorado pretende compilar e analisar a prosa curta produzida entre 1895 e 1930 e publicada em periódicos, buscando compreender como a escrita sobre o cinematógrafo se tomou uma escrita cinematográfica. Ele acompanhará uma antologia sobre o tema, a qual visa a facilitar o acesso do público a folhas com as quais ele não mais pode ter contato. (AU)

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
CARVALHO, Danielle Crepaldi. Luz e sombra no écran: realidade, cinema e rua nas crônicas cariocas de 1894 a 1922. 2014. Tese de Doutorado - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Estudos da Linguagem Campinas, SP.