Resumo
Nos últimos anos, tem havido uma redução acentuada nos índices de cárie dentária em diversas regiões do mundo, fato que tem sido atribuído ao uso de produtos fluoretados, como o dentifrício. Simultaneamente, nota-se a ocorrência do aumento da prevalência de fluorose dentária. Estudo realizado em 25 pacientes (15 a 30 anos de idade) com fluorose endêmica mostrou que 40% destes tinham a tolerância à glicose prejudicada, porém esta anomalia foi revertida com a remoção do excesso do flúor na água consumida. O NaF ocasiona inibição da glicólise, diminuição da secreção de insulina e hiperglicemia. Muitas destas respostas sugerem que o NaF pode ocasionar resistência à insulina. Se isto for confirmado, é recomendável diminuir a concentração de fluoreto nos dentifrícios utilizados principalmente por crianças diabéticas, pois a ingestão de pasta dental contendo flúor pode levar à piora na situação de saúde destas crianças. Sabendo-se que o fluoreto pode alterar o metabolismo de carboidratos, tornou-se fundamental caracterizar o efeito do NaF sobre: 1) o grau de fosforilação em serina do IRS-1, em tecidos responsivos à insulina; 2) concentração plasmática de colesterol, triglicérides e TNF alfa. Para tanto, serão utilizados ratos Wistar (1 mês de idade) castrados. Após 30 dias da castração, os animais serão divididos aleatoriamente em dois grupos: 1) grupo controle (CN), o qual será submetido ao tratamento sem NaF, mas com uma solução de NaCl (9,54 mg/kg p.c.) que contém a mesma quantidade de sódio em relação à do grupo fluoreto de sódio; 2) grupo NaF (FN) que será submetido ao tratamento com NaF (4,0 mg de flúor/kg p.c.) na água de beber e na ração durante 42 dias. Após 6 semanas, será realizado a quantificação do grau de fosforilação em serina de IRS-1, após estímulo insulínico, em tecido muscular gastrocnêmio (G), tecido hepático (TH) e em tecido adiposo branco periepididimal (TAB). Também será realizada a avaliação da concentração plasmática de colesterol, triglicérides e TNF alfa.
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