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Distúrbio da coagulação na malária cerebral experimental

Processo: 10/18570-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Vigência (Início): 01 de abril de 2011
Vigência (Término): 31 de março de 2015
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Parasitologia - Protozoologia de Parasitos
Pesquisador responsável:Fabio Trindade Maranhão Costa
Beneficiário:Ana Carolina Andrade Vitor Kayano
Instituição Sede: Instituto de Biologia (IB). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Etiologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:disrtúrbio da coagulação | hemostase | malária cerebral experimental | Patogenia

Resumo

A malária coloca em risco 2,4 bilhões de pessoas, principalmente aquelas expostas à infecção por Plasmodium falciparum, responsável por aproximadamente 100-300 milhões dos casos e 1 milhão de mortes anuais. A malária cerebral, uma forma grave da doença, é um processo multifatorial que leva a danos locais no tecido cerebral decorrentes do bloqueio do fluxo sanguíneo e também danos cerebrais mais gerais desencadeados pelo desbalanço da resposta imune do hospedeiro. Além da ativação endotelial, o número de plaquetas, os níveis de anticoagulantes e a presença de trombina ativada e de micropartículas pro-coagulantes sugerirem uma desregulação na coagulação, tem sido encontrados focos hemorrágicos, microtrombos e leucócitos no cérebro de pacientes que sucumbiram a MC. No entanto, os fenômenos responsáveis pelos aspectos patológicos da MC ainda são pouco compreendidos. Por meio da indução fotoquímica do trombo arterial mostramos que em camundongos infectados com Plasmodium berghei ANKA (PbA), modelo de malária cerebral experimental, o tempo de oclusão da carótida ocorreu mais rapidamente do que em camundongos infectados por Plasmodium berghei NK65 (PbNK - uma linhagem não cerebral). No entanto o tempo de protrombina e o de tromboplastina parcial ativada não estavam alterados. Além disso, experimentos com tratamento a base de artesunato revelou que a presença do parasita é primordial para a formação do trombo, no entanto, não há uma correlação entre tempo de formação do trombo com a carga parasitária. As plaquetas tem papel importante na formação do trombo arterial, no entanto seu número reduzido nos animais com malária parece não influenciar no tempo de formação de trombo. Porém, a análise do volume médio das plaquetas indicam uma atividade maior nos animais infectados por PbA. Além disso, ao analisar o endotélio cerebral desses animais há um aumento significativo na expressão de ICAM-1 (molécula de adesão intracelular) assim como EPCR (receptor endotelial da proteína C) e um discreto aumento na expressão do TF (fator tecidual). Esses resultados demonstram que na malária cerebral experimental assim como em humanos há um distúrbio na hemostase sanguínea e que esse fenótipo é dependente da cepa parasitária, da atividade plaquetária, da ativação endotelial e de linfócitos TCD8+.

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
KAYANO, Ana Carolina Andrade Vitor. Distúrbio da coagulação na malária cerebral experimental. 2016. Tese de Doutorado - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia Campinas, SP.

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