Bolsa 11/00240-6 - Propionibacterium acnes, Candida albicans - BV FAPESP
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Efeito de óleos essenciais de espécies da coleção de plantas medicinais e aromáticas do CPQBA/UNICAMP sobre patógenos da pele

Processo: 11/00240-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de março de 2011
Data de Término da vigência: 29 de fevereiro de 2012
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Microbiologia - Microbiologia Aplicada
Pesquisador responsável:Marta Cristina Teixeira Duarte
Beneficiário:Cristiane Lobato Yoshihara
Instituição Sede: Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Paulínia , SP, Brasil
Assunto(s):Propionibacterium acnes   Candida albicans   Anti-infecciosos   Digoxina   Óleos essenciais   Produtos naturais   Plantas medicinais   Testes de sensibilidade microbiana
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cândida Albicans | concentração mínima inibitória | Malassezia furfur | óleos essenciais | Propionibacterium acnes | Atividade antimicrobiana

Resumo

Desde os tempos antigos as plantas vêm sendo utilizadas nas sociedades humanas com propósitos terapêuticos, sendo que suas propriedades tóxicas ou curativas foram descobertas pelo homem principalmente enquanto este buscava por alimento. De fato, o conhecimento etnobotânico-farmacológico acumulado ao longo de gerações tem servido como base para o desenvolvimento de fármacos de grande importância, tais como: digoxina, morfina, ácido salicílico e artemisina. Neste contexto, os metabólitos secundários vegetais apresentam um grande valor do ponto de vista social e econômico e, como exemplo, na década de 80 foram identificados 121 substâncias de origem vegetal, provenientes de 95 espécies, os quais têm sido empregados como recursos terapêuticos nos países ocidentais (Maraschin & Verpoorte). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% da população de países em desenvolvimento utiliza-se de práticas tradicionais na atenção primária à saúde e, desse total, 85% fazem uso de plantas medicinais. No Brasil, não se sabe com exatidão o número de pessoas que utilizam as plantas, mas, essa tendência mundial também é seguida. Atualmente, aproximadamente 48% dos medicamentos empregados na terapêutica advêm, direta ou indiretamente, de produtos naturais, especialmente de plantas medicinais (Balunas & Kinghorn, 2005) que permanecem uma importante fonte para obtenção de fármacos e medicamentos. Neste contexto, devemos considerar a crescente resistência de microrganismos patogênicos aos antibióticos e a necessidade de se encontrar novas substâncias a partir de produtos naturais, como plantas medicinais e seus compostos ativos. Infecções causadas por fungos oportunistas como Candida albicans e Malassesia furfur, e a acne, causada pela bactéria Propionibacterium acnes têm se tornado desafiadoras devido a resistência aos antifúngicos e antibióticos conhecidos atualmente. O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo, contando com um número estimado de mais de 20% do total de espécies do planeta. Ainda, o Brasil, devido a sua fantástica diversidade biológica e dado o valor intrínseco de seus recursos naturais, possui muitas espécies vegetais desconhecidas tanto química, quanto taxonomicamente e potencial para a bioprospecção. (Rodrigues, 2006). Logo, são imprescindíveis estudos que possibilitem traçar o perfil químico e farmacológico dessa riqueza biológica, vista como alternativas promissoras no cuidado primário à saúde do homem (Maciel et al., 2002). A atividade antimicrobiana de espécies da CPMA - Coleção de Plantas Medicinais e Aromáticas do CPQBA/UNICAMP tem sido estudada na Divisão de Microbiologia para um painel de cerca de 40 diferentes microrganismos. Tais estudos motivaram, há uma década, a implantação da linha de pesquisa "Bioprospecção de compostos vegetais com atividade antimicrobiana" na Divisão de Microbiologia do CPQBA/UNICAMP, e o desenvolvimento de vários projetos multidisciplinares coordenados pela orientadora proponente, com a colaboração de pesquisadores de outras Divisões do CPQBA, e com empresas parceiras, com objetivo de identificar extratos, óleos essenciais, suas frações e compostos ativos com potencial de aplicação como medicamentos naturais com atividade antibiótica. As plantas medicinais têm sido escolhidas com base no uso popular e indicação etnofarmacológica, e podem ser subdivididas em plantas nativas, que apresentam potencial para se tornarem uma matéria-prima de interesse econômico, e plantas exóticas (introduzidas), que já são cultivadas em larga escala no Brasil e em seus países de origem. No entanto, não temos ainda informações sobre a atividade de plantas medicinais da CPMA para o fungo Malassesia furfur (Pityrosporum ovale), associado à foliculite e dermatite seborréica e sobre a bactéria Propionibacterium acnes, responsável pela acne. (AU)

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