Resumo
Apesar da já comprovada importância da Mata Atlântica no que diz respeito à biodiversidade e endemismo, existe pouca informação sobre a estrutura e o funcionamento desse ecossistema. Diversos autores sugerem que a necessidade de mais pesquisas, principalmente no que diz respeito à ciclagem do carbono, nitrogênio e fósforo, é urgente. A química das águas dos rios, assim como as exportações fluviais de nutrientes, tem sido amplamente empregada para inferir a respeito dos processos envolvidos na ciclagem natural do carbono e do nitrogênio. Esses processos são influenciados pelas condições climáticas, e pelos processos que ocorrem dentro do rio, bem como por uma variedade de características da bacia hidrográfica, como a geologia, geomorfologia, propriedades do solo, cobertura do solo, e também por alguns fatores antropogênicos, como as mudanças no uso do solo. Essas mudanças promovem alterações nas características físicas, químicas e biológicas dos rios, sendo que as mais notáveis dessas mudanças têm sido em relação aos ciclos do carbono e do nitrogênio. No entanto, grande parte do conhecimento que se tem hoje, em relação a esses ciclos, se baseia em estudos realizados em regiões temperadas, e estudos em bacias tropicais, importantes devido à grandeza do potencial dos fluxos dos nutrientes dos ecossistemas aos rios, não são bem representados na literatura. Assim, esse trabalho tem por objetivo investigar a dinâmica do nitrogênio e carbono, no rio Paraibuna, que atravessa uma área florestal bem preservada, dentro do Núcleo Santa Virgínia, bem como entender como a mudança no uso do solo (de floresta a pastagem) interfere na dinâmica do nitrogênio e elementos associados e da matéria orgânica. (AU)
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