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Projeto Genoma Vírus: estudo da diversidade genética do vírus respiratório sincicial circulantes no estado de São Paulo

Processo: 05/01605-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Vigência (Início): 01 de julho de 2005
Vigência (Término): 30 de novembro de 2006
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Microbiologia - Microbiologia Aplicada
Pesquisador responsável:Edison Luiz Durigon
Beneficiário:Carolina de Souza Ferreira
Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:00/11511-6 - Projeto Genoma Vírus: estudo da diversidade genética do vírus respiratório sincicial circulantes no estado de São Paulo, AP.R
Assunto(s):Saúde da criança   Genomas   Diversidade genética   Vírus sincicial respiratório humano   Caracterização molecular   Análise de sequência de DNA
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Diversidade Genetica | Virus Respiratorio Sincicial | Virologia

Resumo

O Vírus Respiratório Sincicial Humano (Human Respiratory Syntycial Vírus - HRSV) foi isolado em 1956, de chimpanzés que apresentavam sintomas semelhantes ao resfriado comum (MORRIS et al, 1956). Nos anos subsequentes, um vírus semelhante foi isolado oriundo de crianças com infecções no trato respiratório inferior em várias regiões do mundo (CHANOCK e FINBERG, 1957; CHANOCK et al, 1961). Sua denominação HRSV foi devida à sua habilidade de formar sincícios em cultura celulares e predileção pelo trato respiratório. Estudos sorológicos realizados naquela ocasião indicaram que uma grande parcela de crianças que viviam em Baltimore, USA haviam se infectado com Vírus Respiratório Sincicial Humano, antes dos quatro anos de idade. Atualmente é reconhecido como o agente viral mais frequente relacionado a casos de bronquiolite e pneumonia durante a infância e idade pré-escolar. Aproximadamente 95% das crianças apresentam sua primeira infecção pelo HRSV nos primeiros dois anos de vida, sendo que o maior número de casos ocorre nos primeiros meses de vida (ANDERSON et al., 1990, VIEIRA et al, 2001). Reinfecções são comuns durante toda a vida; mas os sintomas clínicos em crianças mais velhas e adultas são de natureza mais branda (HALL et al., 1991). O laboratório de Virologia Clínica e Molecular do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade São Paulo, coordenado pelo Dr. Edison Luiz Durigon associou-se, desde 1994, ao Departamento de Pediatria do Hospital Universitário da USP (HU-USP) e ao Respiratory and Enterovirus Branch do Centers for Disease Control and Prevetion em Atlanta-Ga, USA, para a realização de um projeto temático envolvendo as doenças respiratórias em crianças atendidas no Serviço de pediatria do HU-USP. Essa associação teve como alvo primário o vírus respiratório sincicial humano (hRSV), devido sua relevância clínica, associada às doenças respiratórias com alto índice de morbidade infantil, principalmente em países subdesenvolvidos. Alguns trabalhos já foram concluídos, tais como os que envolvem o estudo da imunidade celular e humoral em crianças infectadas com HRSV, referentes aos anos de 1995, 1996 e 1997 (processo FAPESP 96/11876-7) e uma tese de mestrado, correlacionando os grupos A e B do hRSV com a gravidade das infecções respiratórias em crianças (processo FAPESP 98/15270-1). Outro trabalho realizado foi uma tese de doutorado relacionada com a caracterização molecular através de sequenciamento de nucleotídeos de amostras isoladas, para um melhor entendimento da diversidade genética das amostras de hRSV circulante em nossos meio (processo FAPESP 97/06826-3). Os trabalhos financiados pela FAPESP geraram dados que foram publicados em revistas científicas juntamente com a equipe médica do HU-USP (Myao et al, 1999, Vieira et al, 2001 e Queiroz et al, 2002) e outros três foram submetidos à publicação em periódicos internacionais e estão aguardando parecer da assessoria. Recentemente, o laboratório de Virologia Clínica e Molecular do ICB-USP, tornouse responsável pela tarefa coordenada de hRSV, no projeto Genoma Vírus (Rede de Diversidade Genética de Vírus) processo FAPESP 2000/11511-6, o qual estará envolvido juntamente com mais seis laboratórios no Estado de São Paulo, no sequenciamento das proteínas G e F, de amostras isoladas nos anos de 2003 e 2004. HRSV codifica duas glicoproteínas de envelope: G e F. A proteína G promove a ligação da partícula viral ao receptor celular e a F promove a fusão da membrana viral a membrana celular, seguindo assim a penetração do ribonucleocapsideo viral no citoplasma celular. A proteína F também promove a fusão das membranas de células infectadas com as adjacentes, levando a formação de sincícios. Anticorpos direcionados contra as duas proteínas F e G neutralizam sua infectividade. Estudos em animais imunizados com vírus vaccínia recombinante expressando as glicoproteínas separadamente, mostrou que a resposta imune contra proteína F leva à uma imunidade de ambos os grupos antigênicos em contraste do que acontece na imunização contra a proteína G, que promove uma imunidade grupo específica. Lopez e colaboradores (LOPEZ et al, 1998) caracterizaram a estrutura antigênica da proteína F através de testes de reatividade com anticorpos monoclonais. Entretanto esta metodologia não foi aplicável em alguns epítopos. O trabalho a ser realizado pela candidata Carolina de Souza Ferreira será a realização técnica do sequenciamento total do gene da proteína G de isolados, no período de 2004 a 2006, em cultura celular, possibilitando assim a comparação da caracterização dos “sites” antigênicos já descritos para a caracterização molecular. Devemos lembrar que esta caracterização é inédita com isolados brasileiros de HRSV e que, além disso, estes resultados serão importantes para a construção de uma árvore genealógica comparativa entre as duas glicoproteínas de envelope viral. (AU)

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