Bolsa 06/06680-0 - Enxaqueca sem aura, Disfunção temporomandibular - BV FAPESP
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Influencia do tratamento da disfuncao temporomandibular na frequencia e intensidade das crises de migranea - estudo duplo cego, randomizado, placebo controlado.

Processo: 06/06680-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2007
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2008
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Odontologia
Pesquisador responsável:Cinara Maria Camparis
Beneficiário:Sabrina Maria Castanharo
Instituição Sede: Faculdade de Odontologia (FOAr). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:06/00730-5 - Influência do tratamento da disfunção temporomandibular na frequência e intensidade das crises de migrânea: estudo duplo cego, randomizado, placebo controlado, AP.R
Assunto(s):Enxaqueca sem aura   Disfunção temporomandibular   Fatores desencadeantes
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Disfunção Temporomandibular | fatores desencadeantes | migrânea | Dor Orofacial e Disfunção Temporomandibular

Resumo

Disfunção temporomandibular (DTM), segundo a American Academy of Orofacial Pain, é um termo coletivo que abrange vários problemas clínicos que envolvem a musculatura da mastigação, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas ou ambas. Os sinais e sintomas podem incluir dor nas estruturas envolvidas, limitação ou desvio no movimento mandibular e sons articulares durante a função mandibular. Os estudos epidemiológicos sobre a prevalência de DTM apresentam resultados bastante variados, mas em geral a literatura vem apresentando taxas de prevalência que variam entre 21,5% a 51,8%, apontando na maioria das vezes, mulheres mais afetadas que os homens. A cefaléia é um sintoma que freqüentemente aparece associado à DTM e a literatura internacional disponível apresenta pesquisas corroborando esses achados. Segundo Okeson alguns estudos mostram cefaléias recorrentes em 70% a 85% de pacientes com DTM. De acordo com a 2ª. Edição da Classificação Internacional de Cefaléias a migrânea é um tipo de cefaléia primária (não apresenta lesões estruturais claras e definidas), comum, incapacitante e recorrente manifestando-se em crises que duram de 4 a 72 horas. As características típicas são a localização unilateral de dor pulsátil, intensidade moderada ou forte, exacerbada por atividade física rotineira e associada com náusea e/ou fotofobia e fonofobia. Pode ser dividida em dois subtipos principais, a Migrânea Sem Aura (MSA) e a Migrânea Com Aura (MCA). Estudos epidemiológicos têm documentado elevada prevalência da migrânea. A migrânea pode ser agravada ou desencadeada por vários fatores. Assim, em uma pessoa que preencha os critérios para migrânea, determinados fatores agravantes como o estresse psicossocial, consumo freqüente de bebidas alcoólicas e outros fatores ambientais, podem estar associados com um aumento na intensidade ou freqüência de crises. Os fatores desencadeantes são condições que podem aumentar a probabilidade de ocorrência de uma crise de migrânea em indivíduos migranosos, como a menstruação e o aspartame. Nossa hipótese é que a DTM possa atuar como um fator desencadeante já que a fisiopatologia de ambos está intimamente ligada ao núcleo caudado do nervo trigêmeo. Um esclarecimento do papel do sistema musculoesquelético na fisiopatologia da cefaléia ainda não está disponível. Portanto, é importante buscar compreender essa inter-relação à disfunção do sistema mastigatório para determinar sua relação com a DTM. Nesse fato apóia-se a relevância do estudo aqui proposto que pretende investigar a hipótese de que a DTM possa ser mais um fator desencadeante para crises de migrânea em indivíduos migranosos. Sendo assim, os objetivos desse estudo são determinar a prevalência de migrânea entre os indivíduos que procuram tratamento para DTM; investigar a influência do tratamento para DTM na freqüência e intensidade das crises de migrânea e avaliar a qualidade de vida dos indivíduos antes e após a abordagem terapêutica, relacionando-a com os resultados da mesma. A amostra será formada por mulheres com 18 a 65 anos de idade portadoras de MSA e DTM. O tamanho da amostra será determinado após estudo piloto a ser executado. Os critérios de inclusão e de exclusão são os recomendados no Guideline elaborado pelo Subcomitê de Investigações Clínicas da Sociedade Internacional de Cefaléias. O estudo será feito em três fases distintas sendo que a 1ª. Fase terá duração de um mês e a 2ª. e 3ª. Fases, três meses cada uma. O estudo será duplo-cego e placebo controlado. Ao final dos sete meses de duração do experimento, todos os participantes da amostra aleatoriamente selecionada e alocada em um dos três grupos (tratamento DTM, tratamento MSA e placebo), terão recebido o tratamento adequado tanto para DTM como para MSA.

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