Bolsa 11/06302-3 - História da cultura, Literatura de viagem - BV FAPESP
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A tendência descritiva nas artes visuais brasileiras: um estudo comparativo entre a pintura, a fotografia e a literatura

Processo: 11/06302-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2011
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2015
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Artes - Artes Plásticas
Pesquisador responsável:Domingos Tadeu Chiarelli
Beneficiário:Eduardo Luis Araújo de Oliveira Batista
Instituição Sede: Escola de Comunicações e Artes (ECA). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):12/02843-2 - Arte descritiva: origens e desenvolvimento, BE.EP.PD
Assunto(s):História da cultura   Literatura de viagem   Romantismo   Artes visuais   Modernismo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:artes visuais | Artistas viajantes | Iconografia brasileira | Literatura de viagem | Modernismo | Romantismo | História da Cultura

Resumo

A representação da natureza tropical tem ocupado um espaço central nos discursos de caracterização do Brasil ao longo de sua história. A difusão da imagem de uma natureza exuberante, primitiva e paradisíaca, ocorrida a partir dos relatos dos europeus que percorreram nosso território desde o início do século XVI, criou uma tradição descritiva que invadiu os campos da literatura e das artes visuais brasileiras. Neste projeto propomos analisar o desenvolvimento dessa tradição descritiva em nossas artes visuais a partir do estudo da obra de quatro artistas que atuaram em momentos diferentes de nossa história cultural: dois estrangeiros, o holandês Albert Eckhout e o francês Jean-Baptiste Debret, e dois brasileiros, o fotógrafo Marc Ferrez e a pintora Tarsila do Amaral. Tendo as obras desses quatro artistas como referência, propomos identificar a presença de um discurso recorrente de valorização da paisagem natural nas representações sobre o Brasil, discurso que identifica o país com sua natureza a partir da eleição de elementos considerados exóticos e pitorescos. Propomos mostrar como a tradição descritiva, a partir do século XIX, se impôs em nossas letras e artes como índice de originalidade na produção cultural brasileira frente à produzida na Europa; e como essa tradição descritiva se desenvolveu a partir do trânsito de imagens que se estabeleceu entre as representações dos viajantes estrangeiros sobre o país e as dos brasileiros sobre seu próprio país, em um processo que levou o brasileiro a se olhar através da imagem refletida pelo espelho europeu. Propomos, ainda, estabelecer um diálogo entre as artes plásticas e a literatura, demonstrando a preeminência da tradição descritiva e da representação da natureza tropical no discurso cultural brasileiro durante o período estudado.

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