Bolsa 11/02584-4 - Cognição, Significado - BV FAPESP
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Estudo semiótico do percurso entre o sentir e o saber

Processo: 11/02584-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Data de Início da vigência: 15 de agosto de 2011
Data de Término da vigência: 29 de janeiro de 2012
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Linguística - Teoria e Análise Lingüística
Pesquisador responsável:Elizabeth Harkot-de-La Taille
Beneficiário:Elizabeth Harkot-de-La Taille
Pesquisador Anfitrião: Jean Marie Klinkenberg
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Université de Liège (ULg), Bélgica  
Assunto(s):Cognição   Significado
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:cognição | fenômeno | percepção | processo de significação | sentido | significado | Semiótica francesa

Resumo

Nossos estudos, de base semiótica francesa, têm investigado o papel das paixões e das relações intersubjetivas manifestadas por sujeitos discursivos individuais ou coletivos e seus efeitos de sentido no processo de construção, manutenção ou aniquilamento e de circulação de valores sociais e de imagens de si e de outrem - a constituição da identidade narrativa (Ricoeur) - e, também, o ethos e a ausência necessária e correlata à presentificação do sentido, operada por meio de recurso aos sentidos no corpo. Reflexões de base teórica da semiótica cognitiva têm examinado o percurso sensação-percepção-sentido. Entre os semioticistas que acrescentam à questão a dimensão sócio-histórico-cultural está Jean-Marie Klinkenberg, o professor colaborador que se propõe a nos receber em Liège, na Bélgica. A fenomenologia hermenêutica (Ricoeur 1986), entendendo-se hermenêutica como interpretação dependendo de e resultando em linguagem, parece-nos estar na base do sentido (meaning). Temos muito material pesquisado que permite corroborar a "identidade narrativa" de Ricoeur, é possível constatar que se ipse, o componente socio-histórico da identidade narrativa, e alter estão ambos presentes, num equilíbrio razoável, pode-se delinear os valores sociais, relativos ao "estar no mundo", subjacentes a e definidores das relações envolvendo sujeitos de um mesmo microuniverso (Harkot-de-La-Taille 2001; Harkot-de-La-Taille e Ferreira 2001; Harkot-de-La-Taille e Afonso 2003). Entretanto, esses achados ainda carecem de uma formulação mais sistemática. Neste estudo, pretendemos: a)Trazer à semiótica herdeira de Hjelmslev e de Greimas uma contribuição relativa à reflexão sobre componentes afetivo-passionais na produção de sentido; b)Fomentar o debate e novas reflexões sobre a integração de outros níveis de significação, a exemplo de Sonesson (2009,133), na construção do humano; c) Investigar os modos de pensar a semiose pela semiótica cognitiva, no tangente ao percurso inaugurado nos estímulos sensoriais e "concluído" no significado formado; d)Contribuir para o esclarecimento do processo semiótico cognitivo que tem origem na interpretação que o sujeito imprime ao sentido/percebido, até o momento que o inicialmente "sentido/percebido" é valorizado pelo sujeito e considerado parte de si mesmo, isto é, torna-se parte integrante de sua identidade narrativa. De nossa parte, o interesse da presente proposta, além da investigação, pela perspectiva semiótica, de objetos instigantes, é dar um passo além: de posse de um conjunto substantivo de dados, participar das discussões conceituais, das considerações e elaborações de ordem teórica e epistemológica. Interessa-nos colocar nossos dados em discussão e tomar parte nas ponderações e contestações intrínsecas ao teste de consistência e de relevância necessários às ideias para passarem pelo crivo da aceitação acadêmica. A pesquisa proposta almeja a descrição mais acurada possível do percurso "do sentir ao saber", a partir dos dados já obtidos e de outros que vierem a eles se juntar, nos debates travados ao longo do estágio. Ao mesmo tempo, buscará a compreensão, se não a inserção, no âmbito das hipóteses hoje compartilhadas sobre o processo de significação, daquilo que os objetos revelarem, com a consciência aberta para o novo que as análises eventualmente revelarem. (AU)

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