Resumo
Endomiocardiofibrose (EMF) é uma cardiomiopatia restritiva que em estágio moderado ou avançado apresenta classificações funcionais II e III da New York Heart Association equivalentes à insuficiência cardíaca (IC), foi primeiramente descrita por Davies na Uganda em 1948, é de maior incidência em regiões tropicais e subtropicais do mundo, e é caracterizada pela deposição de tecido fibroso denso (colágeno tipo I) em áreas específicas do coração, contribuindo para disfunção diastólica ventricular. A Reabilitação Cardiovascular (RC) pode ser conceituada como a integração de intervenções, denominadas "ações não farmacológicas", para assegurar as melhores condições físicas, psicológicas e sociais para o paciente com doença cardiovascular e é um ramo de atuação na cardiologia que proporciona ao paciente condição clínica satisfatória, física, psicológica e laborativa, ela é de grande importância no tratamento de pacientes portadores de IC. Na RC há duas estratégias básicas: a que prioriza o exercício, e a que é reconhecida pela sigla CCR, de "comprehensive care rehabilitation", que pode ser traduzida por reabilitação cardíaca abrangente (RCA), na qual o exercício / condicionamento físico supervisionado é associado à educação em saúde, que objetiva além do exercício físico, a remoção do tabagismo, a reformulação de hábitos alimentares e o controle do estresse, qual é objeto deste estudo. Não existe na literatura estudo sobre sua aplicação em pacientes com EMF, possibilitando aventar-se a hipótese de que tal tratamento proporcione melhora na capacidade funcional máxima ao esforço e na qualidade vida aos pacientes com EMF, semelhantemente aos resultados encontrados em pacientes com IC. (AU)
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