Resumo
Os pigmentos e corantes são muito utilizados na indústria alimentícia, com o objetivo de melhorar a apresentação do alimento ao consumidor. Os corantes, de origem natural ou sintética, são empregados na produção de alimentos e bebidas para compensar a perda da cor durante os processos de fabricação e estocagem bem como para atribuir coloração àqueles originalmente incolores. Atualmente, o uso de corantes sintéticos em alimentos está sendo alvo de diversas pesquisas, em virtude de possíveis riscos à saúde, tendo sido, inclusive, proibida a utilização de alguns deles em muitos países. Contudo, as investigações sobre os efeitos biológicos dos corantes para alimentos e dos produtos gerados pela sua biodegradação são limitadas, especialmente, sobre a indução de instabilidade genômica, tais como a indução de danos no DNA e alterações da expressão gênica. Tendo em vista os danos que os corantes sintéticos podem causar à saúde, o objetivo desta investigação é avaliar a possível instabilidade genômica induzida pelos corantes eritrosina e quinolina amarela em células HepG2 (carcinoma hepatocelular humano), que apresentam morfologia semelhante ao epitélio e ao parênquima hepático do fígado humano, por meio do Teste de Micronúcleo e Ensaio do Cometa, além de identificar o perfil de expressão dos genes TP53 (supressor tumoral) e COX-2 (enzima ciclooxigenase-2). Além disso, serão também analisados os produtos de oxidação e redução dos corantes em estudo. Pretende-se ainda elucidar a estrutura química desses compostos formados, utilizando-se de CLAE-DAD e CG-EM, sendo promovida, em seguida, a degradação fotodinâmica dos corantes pela luz UV, visível e solar, a fim de verificar se o produto ficará mais refratário à degradação, alterando seu potencial de indução de danos ao DNA. (AU)
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