A Classe Operária e a Revolução: a moderna classe operária como sujeito histórico revolucionário?

• Processo: 11/08677-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Vigência (Início): 01 de julho de 2011
• Vigência (Término): 30 de junho de 2012
• Área do conhecimento: Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
• Pesquisador responsável: Maria Ribeiro Do Valle
• Beneficiário: Anderson Vinicius Dell Piagge Piva
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
• Assunto(s): Marxismo Capitalismo Socialismo
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: capitalismo | Classe operária | marxismo | Socialismo | Socialismo

Resumo

A história do socialismo confunde-se com a história do desenvolvimento da classe operária. Dos socialistas utópicos até a formulação do socialismo científico, por Karl Marx e Friedrich Engels, é impossível dissociar o movimento operário das ideias e teorias que serviram às suas lutas de emancipação. A classe operária constituiu a base epistemológica da concepção marxista. Segundo Marx e Engles, a existência de uma teoria revolucionária pressupõe a existência de uma classe revolucionária. Durante o século XX, no entanto, o marxismo sofreu uma grande influência das ideias e concepções de outras classes sociais - a pequena burguesia, no ocidente e a nomenklatura, na URSS, por exemplo - e, com isso, muitos autores não atribuíam à classe operária um papel revolucionário, diferentemente dos fundadores do marxismo clássico, no século XIX.O objetivo deste trabalho, portanto, é o de investigar o papel que a classe operária ocupa nas formulações de quatro dos principais teóricos do socialismo: Karl Marx, Friedrich Engels, André Gorz e Cornelius Castoriadis, bem como a análise subsequente das condições efetivas em que se dá a inserção da classe operária no processo de produção capitalista. Para isso, considero imprescindível o estudo e a comparação das obras dos autores referidos. Tal esforço se faz tanto mais necessário quanto mais se apresentam em nossos dias teorias e governos que reivindicam para si o socialismo, não raro evocando as ideias dos fundadores do marxismo clássico.