Resumo
Os vírus do gênero hantavírus são membros da família Bunyaviridae. Estes vírus podem causar duas doenças graves, transmitidas por roedores aos seres humanos: Febre Hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR) ou Síndrome Pulmonar Cardiovascular por hantavírus (SPCVH), que é caracterizada por insuficiência respiratória, febre, extravasamento vascular pulmonar, choque e alta mortalidade, sendo um problema muito importante de saúde pública. Hantavírus são esféricos com diâmetro de 73 a 150 nm, envelopados com genoma de RNA de polaridade negativa trissegmentado, definido como de pequeno, médio e grande porte, é envolto por uma nucleoproteína. A infecção humana é adquirida pela inalação de aerossóis contendo excretas de roedores infectados com hantavírus, e tem como possível relação, o aumento de roedores-reservatórios nas regiões urbanas e peri-urbanas, devido ao desmatamento. Os hantavírus possuem íntima associação com seus roedores-reservatórios, sendo comumente, espécie-específica, no continente americano encontra-se mais de 20 hantavírus em diferentes espécies de roedores- reservatórios. Recentemente, foi isolado na região de Ribeirão Preto o primeiro hantavírus no Brasil, o agente etiológico da SPCVH, o vírus Araraquara (ARAV). O ARAV possui como reservatório o roedor silvestre Necromys lasiurus. Assim, objetivamos com este trabalho estudar mecanismo de infecção e excreção viral do ARAV, entre roedores-reservatórios visando a compreender aspectos da infecção e resposta imune do ARAV. Assim, pretende-se, determinar a melhor dose e via de infecção excreção, viabilidade infectante de amostras biológicas, respostas fisiológicas e imunológicas. Além disto, estudos de transmissibilidade entre roedores-reservatórios que, também, serão realizados, poderão elucidar mecanismos de contágio e manutenção destes hantavírus na natureza. (AU)
|