VI Encontro de Pesquisadores em Poética Musical dos Séculos XVI, XVII e XVIII
Ouvir o logos: releituras do conceito grego de mousike na produção musical contemp...
Pensamento e producao musical no brasil - rio de janeiro (1895-1922).
Processo: | 11/03276-1 |
Linha de fomento: | Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado |
Vigência (Início): | 01 de agosto de 2011 |
Vigência (Término): | 30 de abril de 2013 |
Área do conhecimento: | Linguística, Letras e Artes - Artes - Música |
Pesquisador responsável: | Lia Vera Tomás |
Beneficiário: | Marcos José Cruz Mesquita |
Instituição-sede: | Instituto de Artes (IA). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de São Paulo. São Paulo , SP, Brasil |
Assunto(s): | Filosofia da música Estética da música |
Resumo Ferruccio Busoni - pianista virtuose, compositor, regente, escritor, ensaísta, editor, autor de transcrições para piano e professor de piano e composição. Devido às inúmeras ramificações de sua atividade profissional e história pessoal, a contribuição estético-musical de Busoni no período de transição entre o romantismo tardio e o modernismo musical na Europa pode ser considerada decisiva. Por suas características pessoais próprias, esse músico, além de se expressar com grande desenvoltura como intérprete e compositor, tinha o talento de verbalizar o fruto de suas reflexões através de textos e ensaios. Essa é uma característica que não passou despercebida a uma de suas primeiras biógrafas, Gisella Selden-Goth: "em Busoni, o processo de reflexão sobre sua arte se concretiza tão paralela e incansavelmente com os reais procedimentos criativo-formadores, quanto é imanente a sua necessidade em formular por escrito o que foi imaginado". Com o intuito de mostrar um panorama dessa contribuição ensaística praticamente inédita no Brasil (lembre-se que único texto de Busoni publicado no Brasil foi o Entwurf einer neuen Ästhetik der Tonkunst, traduzido por Sergio Magnani, em uma pequena tiragem feita pela Universidade Federal da Bahia em 1966), serão selecionados textos sobre os temas mais caros ao compositor e que foram e são uma fonte de reflexão para inúmeros músicos e musicólogos de gerações posteriores: estética musical, interpretação pianística, sobre si mesmo e suas próprias óperas, sobre outros compositores.Vários fatores históricos postergaram a discussão sobre o legado musical de Busoni. Ainda antes de sua morte em 1924, suas idéias sobre a "Junge Klassizität" foram consideradas erroneamente uma nuance pacata do neoclassicismo, afastando-o dos círculos da música nova. Com a subida ao poder em 1933 do regime nacional-socialista na Alemanha - onde viveu por quase metade de sua vida -, seus escritos, transcrições e composições foram praticamente banidos deste país, onde ele passou ser considerado pelos donos do poder um "mestiço" de sangue impuro. Além disso, após o fim da Segunda Guerra em 1945, a maior parte do arquivo Busoni permaneceu em Berlim Oriental, na antiga República Democrática Alemã, fato que, na era da guerra fria, muito dificultou os pesquisadores do "oeste". Somente a partir da reunificação da Alemanha em 1991, o legado desse compositor pôde ser devidamente redescoberto e reestudado, fato demonstrado pela publicação recente de inúmeros volumes de sua correspondência e livros sobre ele.A pesquisa apresentada abaixo tem como objetivos discutir a contribuição teórico-musical de Busoni no seu período de vida através da seleção de textos inéditos, tradução e comentário crítico de seus ensaios, bem como de um estudo filológico que visa situar suas idéias no contexto cultural e musical de sua época. (AU) | |
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