Resumo
Desde os anos de 1990, o mundo das finanças assumiu um importante papel junto ao mundo da produção, passando a influenciar o ritmo produtivo através da dominação decorrente das regras do capitalismo acionário (Jardim, 2009). Levou-se, assim, a financeirização da produção (Dias e Zilbovicius, 2009), que é, em parte, conseqüência, das pressões que as empresas sofrem para melhorar sua performance financeira e adequar-se as novas regras e exigências do mercado (que por sua vez são pautadas pelas finanças). Portanto, com as transformações nas empresas e nas indústrias - que são submetidas ao controle do mercado de ações, visando adquirir caráter competitivo no mundo dos negócios -, a produção e as empresas são parcialmente submetidas ao poder dos que dominam suas ações, que são colocadas a venda (Maxwell, 2007). Trata-se de uma relação singular, onde as companhias são subordinadas às regras ditadas pelos investidores e acionistas das empresas. Dentre os principais investidores, destacam-se os fundos de investimento de natureza private equity, que assumiram posição estratégica na economia mundial (Mundo Neto e Desidério, 2010), tornando-se possuidores de grande importância no mundo financeiro. Tal importância é revelada, à medida que os fundos permitem que pequenos investidores tenham acesso a melhores condições de mercado e competição de forma igualitária, com grandes investidores (ANBID, 2007). Jardim (2009) pontua a importância dos fundos de pensão no mesmo processo de predomínio das finanças e capitalismo dos acionistas.
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