Resumo
O diabetes melito tipo 2 (DMT2) ocorre quando a secreção de insulina é inadequada para a manutenção da concentração normal de glicose no sangue e tem frequente associação com obesidade; relaciona-se com resistência à insulina e/ou sua insuficiência, absoluta ou relativa. A longo prazo, é acompanhado de disfunção e falência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sangüíneos. Os indivíduos diabéticos, frequentemente, mostram sinais de aterosclerose acelerada, sofrem síndromes coronárias agudas, infarto do miocárdio com isquemia silenciosa do miocárdio e doença arterial periférica. Esses pacientes apresentam prejuízos nas células progenitores endoteliais, que participam da angiogênese. Neste trabalho será utilizado um modelo animal híbrido descrito recentemente em 2009 por Karasawa et al., fruto do cruzamento das linhagens isogênicas de camundongos DBA/2 e C57BL/6, resultando no modelo BDF1 (geração F1 deste cruzamento), o qual é considerado um modelo apropriado para o estudo do diabetes tipo 2 associado à obesidade. Segundo os autores Leiter et al. (1981) e Smith et al. (2000), o modelo BDF1 poderá se tornar diabético obeso através da ingestão de dieta hiperlipídica. Este modelo é pouco caracterizado e com alto potencial para estudos de DMT2 e obesidade, que apesar de sua prevalência na população é pouco estudada pela comunidade científica devido sua limitação de modelos adequados que mimetizam diversos aspectos da realidade da doença. Portando, o objetivo geral deste trabalho será caracterizar o potencial para uso deste modelo para terapia celular analisando o perfil de células progenitoras existentes na medula e no sangue periférico destes animais, assim como, o potencial destas células para migração a regiões de lesão tecidual.
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