O anarquismo e a organização: a descentralização na Espanha libertária (C.N.T. 1936-1939)

• Processo: 11/21390-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2012
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2012
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Ciência Política - Estado e Governo
• Pesquisador responsável: Bruno Konder Comparato
• Beneficiário: Caio Fernando Alves Duarte Santos
• Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
• Assunto(s): Anarquismo Espanha Guerra Civil Espanhola
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: anarquismo | Cnt | descentralização | Organização | Robert Michels | Pensamento anarquista

Resumo

O anarquismo, teoria política e filosófica surgida em meados do século XVIII, foi comumente relacionado à falta de organização política e social. Sua atuação mais expressiva, como práxis política, pode ser delimitada na primeira metade do século XIX. Este trabalho tem como intuito demonstrar, a partir da revisão bibliografia dos clássicos anarquistas - Bakunin, Proudhon e Kropotkin -, as características organizativas dessa teoria política e como ela se expressou na experiência da Guerra civil espanhola, partindo, principalmente, da base organizativa da C.N.T. (Confederação Nacional do Trabalho). Além disso, estabelecer um diálogo com a lei de bronze das oligarquias de Robert Michels, tentando observar esta lei sociológica na experiência libertária na Espanha. A ênfase nos aspectos organizacional, portanto, se torna a base fundamental deste projeto. O olhar atento à autogestão promovida na experiência espanhola, pelo órgão anarcossindicalista C.N.T., torna-se necessário para a análise da construção deste sindicato. A descentralização dos meios, a participação del pueblo español representa um fenômeno peculiar do século XX, principalmente quando o relacionamos às novas formas de gestão dos sindicatos e partidos. Essa ruptura organizacional, sobretudo, com os meios burocráticos de gestão, destaca-se como fenômeno político necessário de maiores estudos, principalmente, da Ciência Política. Esse projeto se propõe a essa análise. (AU)