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Estudo dos marcadores p53 e Ki-67 em pacientes operadas por carcinoma mamário no HC da Faculdade de Medicina de Botucatu de 1980 a 2000: correlação dos dados clínicos e sobrevida com achados imuno-histoquímicos obtidos em arranjos teciduais em matriz (TMA)

Processo: 11/11622-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de abril de 2012
Vigência (Término): 31 de março de 2013
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Anatomia Patológica e Patologia Clínica
Pesquisador responsável:Flávio de Oliveira Lima
Beneficiário:Patrícia Pérola Dantas
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FMB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
Assunto(s):Carcinoma   Neoplasias mamárias   Biomarcadores tumorais   Proliferação celular   Genes p53   Antígeno Ki-67   Imuno-histoquímica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Arranjos Teciduais em Matriz (TMA) | banco de tumores | carcinoma de mama | dados clinicos e de sobrevida | imuno-histoquímica | p53 e Ki-67 | Patologia Mamaria

Resumo

No Brasil o carcinoma de mama é a neoplasia maligna que mais acomete a mulher, com uma elevada incidência, morbidade e mortalidade, associado a um elevado custo de tratamento, representando grave problema de saúde pública. A estimativa para o ano de 2010 era de 49.240 novos casos da doença em nosso país. De acordo com os dados do GLOBOCAN (International Agency for Research on Cancer), em 2008 foram registrados em todo o mundo 691 mil novos casos de câncer de mama em países de renda baixa/moderada e 692 mil em países desenvolvidos. Há necessidade de marcadores sensíveis e específicos que permitam tanto a detecção precoce do câncer de mama como a estimativa da probabilidade de sua progressão. A identificação dos tumores que têm maior potencial para progressão pode sustentar decisões por tratamentos mais agressivos, que podem representar maior chance de cura da doença. Neste contexto, o estudo imuno-histoquímico tem sido utilizado em diferentes situações da patologia mamária, sendo as mais importantes: avaliação de fatores preditivos e prognósticos do câncer de mama, pesquisa de células epiteliais metastáticas em linfonodo sentinela, diagnóstico diferencial de lesões mamárias e determinação de possível origem de neoplasias metastáticas. A alteração no gene supressor tumoral p53 é a mais comum descrita no câncer de mama, sugerindo o desempenho de um papel central no desenvolvimento desta doença maligna, e muitos estudos associam sua superexpressão com o pior prognóstico. Outro marcador importante no carcinoma de mama é o anticorpo Ki-67, o qual reconhece um antígeno associado ao núcleo celular expresso em todas as fases do ciclo celular, exceto em G0. Alguns trabalhos têm mostrado a superioridade do Ki-67 como marcador de proliferação celular, por não sofrer influências de fatores internos e externos. Além disso, sua expressão nuclear num período definido do ciclo celular pode representar uma vantagem em relação ao seu emprego como marcador biológico. Quanto à identificação de marcadores, temos em destaque o uso da técnica de Arranjo Tecidual em Matriz, ou Tissue Microarray, descrita em 1998 por Kononen et al. Trata-se da construção de um bloco de parafina contendo fragmentos cilíndricos de amostras teciduais ou tumorais obtidos de dezenas ou centenas de blocos de parafina originais. Os cilindros teciduais/tumorais são dispostos no bloco receptor seguindo ordem predeterminada. O bloco de parafina com amostras de centenas de tumores ordenados é poderosa ferramenta para a patologia investigativa aplicada. Os arquivos de tecido tumoral nos serviços de Anatomia Patológica são fonte potencial de valioso material de pesquisa, por conterem tecido tumoral e não tumoral estocado em parafina usados no diagnóstico e estadiamento das doenças desses pacientes. Os recentes avanços no campo da Biologia Molecular, da Genômica e da Proteômica têm usado como substrato/fonte de materiais de estudo, preferencialmente tecidos congelados ou a fresco, sendo considerada a fixação em formol e inclusão em parafina como séria limitação ao uso desse material, restrito até recentemente à técnica de imuno-histoquimica. Porém esse processamento é rotineiramente usado em todo mundo, e prove um arquivo tecidual de estocagem fácil e barata a temperatura ambiente por décadas, histopatologicamente bem definido, classificado e diagnosticado. Hoje esse material é objeto de desenvolvimento de técnicas e tecnologias para seu aproveitamento nas áreas de ponta da pesquisa biomédica. Além disso, esse material tem associado informações clínicas de prontuários médicos e de evolução da doença que os torna fonte potencial para estudo de marcadores biológicos, de sobrevida e de investigação de patogenia. O grande entrave para o uso desse material em pesquisa biomédica é a falta de informações de seguimento clínico e de sobrevida dos pacientes. A recuperação de dados em arquivos antigos não é relatada de forma rotineira, o que faremos também nesse nosso projeto.

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